quinta-feira, 29 de maio de 2014

MONONUCLEOSE...

A também chamada “doença do beijo” causa dor de garganta, febre, mal-estar, fadiga, aumento dos gânglios, do baço e do fígado.

A mononucleose é transmitida pelo vírus Epstein-Barr (EB) através da saliva e, mais raramente, por transfusão de sangue ou contato sexual. De acordo com informações do Ministério da saúde, cerca de 95% dos adultos já tiveram a virose. Também conhecida como a “doença do beijo”, é mais comum entre adolescentes e adultos jovens, mas também tem grande incidência entre as crianças.

- As crianças têm o costume de pôr coisas uma na boca da outra, por exemplo, o que pode ocasionar a transmissão do vírus.

E, ao contrário do que a maioria pensa, é mais comum que um adulto pegue a doença de uma criança do que o oposto. Isso porque, chega na fase adulta, já tem anticorpos contra o vírus, mas os que ainda não tiveram, vão estar muito mais aptos à infecção – explica o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, acrescentando que o problema no adulto se desenvolve com sintomas muito mais intensos, já que a criança com menos de dez anos raramente apresenta sinais do problema.

A mononucleose ocorre no mundo todo, independente da época do ano e de sexo. Alguns fatores que influenciam a transmissão são as más condições de higiene e grande concentração de pessoas em espaço pequeno, o que facilita o contato mais íntimo.

SINTOMAS E TRATAMENTOS... Os especialistas destacam que nem todas as pessoas que têm contato com o vírus EB apresentam sintomas da mononucleose. Porém, quem desenvolver o problema pode apresentar dor de garganta, febre, mal-estar, fadiga, aumento dos gânglios – principalmente no pescoço, axilas e virilha, baço e fígado. Alguns sintomas podem até ser confundidos com outras doenças, por isso é importante o diagnostico correto e evitar a automedicação.

A diagnose da doença pode ser feita através de exame de sangue ou sorológico. Não existe tratamento especifico para combatê-la, apenas os sintomas são tratados. O problema pode durar de duas a seis semanas, dependendo das características individuais de cada paciente. - è importante destacar que mononucleose só se tem uma vez. A partir daí, por alguns anos (cinco ou dez), a pessoa pode continuar eliminando o vírus pela saliva, mas não apresenta mais sintomas – diz o médico Artur Timerman, ressaltando que a prevenção também é difícil, pois seria necessário evitar que adolescentes jovens e adultos se beijassem.

PROBLEMA RARO... Algumas pesquisas mostram que o material genético do vírus da mononucleose é encontrado em dois tipos de câncer não muito comuns: o nasofaringeo e o linfoma de Burkitt.


- O vírus EB tem uma característica biológica que é a de estabelecer uma infecção latente, ou seja, se é feita uma sorologia em uma pessoa que teve mononucleose há 80 anos, por exemplo, ela pode apresentar o vírus porque vai manter esses anticorpos pelo restante da vida. Um percentual muito pequeno de pessoas que tiveram essa infecção crônica pode evoluir párea esses tipos de tumores, principalmente se o paciente tiver alguma deficiência imunológica, mas isso é muito raro.

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