A também chamada “doença do
beijo” causa dor de garganta, febre, mal-estar, fadiga, aumento dos gânglios,
do baço e do fígado.
A mononucleose é transmitida pelo
vírus Epstein-Barr (EB) através da saliva e, mais raramente, por transfusão de
sangue ou contato sexual. De acordo com informações do Ministério da saúde,
cerca de 95% dos adultos já tiveram a virose. Também conhecida como a “doença
do beijo”, é mais comum entre adolescentes e adultos jovens, mas também tem
grande incidência entre as crianças.
- As crianças têm o costume de
pôr coisas uma na boca da outra, por exemplo, o que pode ocasionar a
transmissão do vírus.
E, ao contrário do que a maioria
pensa, é mais comum que um adulto pegue a doença de uma criança do que o
oposto. Isso porque, chega na fase adulta, já tem anticorpos contra o vírus,
mas os que ainda não tiveram, vão estar muito mais aptos à infecção – explica o
infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo , acrescentando
que o problema no adulto se desenvolve com sintomas muito mais intensos, já que
a criança com menos de dez anos raramente apresenta sinais do problema.
A mononucleose ocorre no mundo
todo, independente da época do ano e de sexo. Alguns fatores que influenciam a
transmissão são as más condições de higiene e grande concentração de pessoas em
espaço pequeno, o que facilita o contato mais íntimo.
SINTOMAS E TRATAMENTOS... Os
especialistas destacam que nem todas as pessoas que têm contato com o vírus EB
apresentam sintomas da mononucleose. Porém, quem desenvolver o problema pode
apresentar dor de garganta, febre, mal-estar, fadiga, aumento dos gânglios –
principalmente no pescoço, axilas e virilha, baço e fígado. Alguns sintomas
podem até ser confundidos com outras doenças, por isso é importante o
diagnostico correto e evitar a automedicação.
A diagnose da doença pode ser
feita através de exame de sangue ou sorológico. Não existe tratamento
especifico para combatê-la, apenas os sintomas são tratados. O problema pode
durar de duas a seis semanas, dependendo das características individuais de
cada paciente. - è importante destacar que mononucleose só se tem uma vez. A
partir daí, por alguns anos (cinco ou dez), a pessoa pode continuar eliminando
o vírus pela saliva, mas não apresenta mais sintomas – diz o médico Artur
Timerman, ressaltando que a prevenção também é difícil, pois seria necessário
evitar que adolescentes jovens e adultos se beijassem.
PROBLEMA RARO... Algumas pesquisas
mostram que o material genético do vírus da mononucleose é encontrado em dois
tipos de câncer não muito comuns: o nasofaringeo e o linfoma de Burkitt.
- O vírus EB tem uma
característica biológica que é a de estabelecer uma infecção latente, ou seja,
se é feita uma sorologia em uma pessoa que teve mononucleose há 80 anos, por
exemplo, ela pode apresentar o vírus porque vai manter esses anticorpos pelo
restante da vida. Um percentual muito pequeno de pessoas que tiveram essa
infecção crônica pode evoluir párea esses tipos de tumores, principalmente se o
paciente tiver alguma deficiência imunológica, mas isso é muito raro.
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