FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.
Hospitais, clínicas e instituições
dos serviços privados de saúde estão atravessando uma crise séria no estado, de
acordo com o presidente da Ahseb (Associação de Hospitais e Serviços de Saúde
do Estado da Bahia), Ricardo Costa, que, no início da semana, após reunião com
outros membros do Codes/BA – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do
Estado da Bahia –, encaminhou documento ao governo do estado apresentando
problemas e soluções para resolver a situação.
Entretanto, a assessoria de comunicação afirma
que o governador já enviou o documento do Codes para a Secretaria de Saúde do
Estado (Sesab) para avaliação, mas sem prazo para a conclusão.
O Codes é representado por diversas
classes dos setores de saúde, indústria, comércio, educação,
assistência social, etc., e possui três câmaras técnicas: Equidade Social,
Sustentabilidade e Juventude. A área da saúde é integrada pela Ahseb, Osid –
Obras Sociais Irmã Dulce, Federação das Entidades Filantrópicas do Estado da
Bahia e pelo Hospital Martagão Gesteira.
Ricardo Costa, que elaborou a proposta enviada
ao governo, fala das dificuldades enfrentadas, principalmente na capital:
“Hospitais lotados, com dificuldade em manter seus compromissos ou investir em
ampliações. Último hospital construído tem mais de oito anos e hospitais centenários
fechando as portas”, lamentou.
Para o dirigente da Ahseb, a situação no
interior do estado é mais precária ainda porque “os hospitais atendem 100% pelo
SUS, pois não existem planos de saúde em inúmeras cidades, e estão geralmente
vazios por conta da dificuldade em contratar médicos ou realizar cirurgias pela
baixa remuneração da tabela”, criticou.
Ricardo Costa destaca que no documento tem
soluções e propostas. Nomeando as mais importantes, ele cita em primeiro lugar
“a criação de incentivos fiscais para estimular o setor de saúde que gera 108
mil empregos diretos. Exemplos já existentes como redução do IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados), estímulo à linha branca”, afirmou.
Para o dirigente da associação,
"é de suma importância a criação de linhas de crédito
específicas para saúde com juros baixos e período de carência”, e também a
reformulação de todo o modelo de
remuneração dos hospitais que atendem ao SUS”, sinalizou, acrescentando que um
“ótimo exemplo é o Hospital do Subúrbio, que presta atendimento especializado
e não usa como referência a tabela SUS. “Os contratos precisam ser adequados às
realidades de cada unidade”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário