sexta-feira, 30 de maio de 2014

REDE PRIVADA QUER MUDANÇAS NO ATENDIMENTO A PACIENTES DO SUS...

FONTE: Noemi Flores, TRIBUNA DA BAHIA.

Hospitais, clínicas e instituições dos serviços privados de saúde estão atravessando uma crise séria no estado, de acordo com o presidente da Ahseb (Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia), Ricardo Costa, que, no início da semana, após reunião com outros membros do Codes/BA – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado da Bahia –,  encaminhou documento ao governo do estado apresentando problemas e soluções para resolver a situação.
Entretanto, a assessoria de comunicação afirma que o governador já enviou o documento do Codes para a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) para avaliação, mas sem prazo para a conclusão.
O Codes é representado por diversas classes dos setores de saúde, indústria, comércio, educação, assistência social, etc., e possui três câmaras técnicas: Equidade Social, Sustentabilidade e Juventude. A área da saúde é integrada pela Ahseb, Osid – Obras Sociais Irmã Dulce, Federação das Entidades Filantrópicas do Estado da Bahia e pelo Hospital Martagão Gesteira.
Ricardo Costa, que elaborou a proposta enviada ao governo, fala das dificuldades enfrentadas, principalmente na capital: “Hospitais lotados, com dificuldade em manter seus compromissos ou investir em ampliações. Último hospital construído tem mais de oito anos e hospitais centenários fechando as portas”, lamentou.
Para o dirigente da Ahseb, a situação no interior do estado é mais precária ainda porque “os hospitais atendem 100% pelo SUS, pois não existem planos de saúde em inúmeras cidades, e estão geralmente vazios por conta da dificuldade em contratar médicos ou realizar cirurgias pela baixa remuneração da tabela”, criticou.
Ricardo Costa destaca que no documento tem soluções e propostas. Nomeando as mais importantes, ele cita em primeiro lugar “a criação de incentivos fiscais para estimular o setor de saúde que gera 108 mil empregos diretos. Exemplos já existentes como redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), estímulo à linha branca”, afirmou.
Para o dirigente da associação, "é de suma importância a criação de linhas de crédito  específicas para saúde com juros baixos e período de carência”, e também a reformulação de todo o modelo de remuneração dos hospitais que atendem ao SUS”, sinalizou, acrescentando que um “ótimo exemplo é o Hospital  do Subúrbio, que presta atendimento especializado e não usa como referência a tabela SUS. “Os contratos precisam ser adequados às realidades de cada unidade”, concluiu.

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