FONTE:, Fabiana Cambricoli, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Em um ano, a visão do adolescente
Alefe Nogueira passou de perfeita para quase inexistente. Aos 13 anos, ele está
praticamente cego. Só enxerga feixes de luz. A causa do problema não foi uma
doença hereditária nem um acidente. O uso contínuo de um colírio, vendido sem
receita em qualquer farmácia, foi o causador da perda de visão.
Alefe é um dos muitos jovens que
ficaram cegos ou com baixa visão após desenvolver um tipo de glaucoma causado
pelo uso inadequado de produtos oftalmológicos com corticoide. Esta
segunda-feira (26) é o dia nacional de combate à doença.
A falta de controle sobre a
comercialização desse tipo de produto é alvo de críticas de entidades médicas.
No mês passado, a Sociedade Brasileira de Glaucoma editou um consenso
classificando esse tipo de glaucoma como o mais comum entre aqueles de causa
conhecida e, portanto, o mais evitável.
"O uso do colírio com corticoide pode ser benéfico em muitas situações, mas seu uso crônico, sem indicação médica, é o que traz problema. Quando usado por anos, o corticoide provoca danos na estrutura do olho que levam ao aumento da pressão ocular, o que pode causar cegueira", explicou Augusto Paranhos Jr., professor livre-docente da Escola Paulista de Medicina e coordenador do consenso.
"O uso do colírio com corticoide pode ser benéfico em muitas situações, mas seu uso crônico, sem indicação médica, é o que traz problema. Quando usado por anos, o corticoide provoca danos na estrutura do olho que levam ao aumento da pressão ocular, o que pode causar cegueira", explicou Augusto Paranhos Jr., professor livre-docente da Escola Paulista de Medicina e coordenador do consenso.
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