FONTE: Gil Alessi, do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
O Brasil quebrou um
triste recorde: teve o maior número de pessoas mortas em um ano, segundo dados
divulgados nesta terça-feira (27) no Mapa da Violência 2014, que compila dados
de 2012. Ao todo, foram 56.337 mortes, o maior número desde 1980. O total
supera o de vítimas no conflito da Chechênia, que durou de 1994 a 1996.
É o dado mais
atualizado de violência pelo Brasil e tem como base o Sistema de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, que registra as ocorrências desde 1980.
A taxa de homicídios
também alcançou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil
habitantes. O índice considerado "não epidêmico" pela
Organização Mundial da Saúde é de 10 mortes para cada grupo de 100 mil
habitantes.
"As ações
conjuntas entre Estados e a União para reduzir os homicídios são pontuais. Não
existe um enfrentamento nacional, que abranja todas as esferas – municipal,
estadual e federal", afirma Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do
estudo.
Para ele, a redução
na violência no país passa pela realização de reformas na estrutura da
segurança pública, "inclusive com mudanças na policia, no código penal e
no sistema penitenciário".
A média nacional no
número absoluto de homicídios cresceu 7% de 2011 a 2012. Roraima, Ceará e Acre
foram as unidades da federação com maior aumento: 71,3%, 36,5% e 22,4%,
respectivamente.
Apesar de ter
reduzido sua taxa de homicídios por 100 mil habitantes, Alagoas ainda lidera o
ranking no país com 64,6 casos por 100 mil habitantes, número semelhante ao
registrado durante a Guerra do Iraque, de 2004 a 2007. A média nacional é de 29
casos por 100 mil.
Apenas cinco Estados
tiveram queda nas taxas de homicídio: Espírito Santo, Rio
de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e
Alagoas. Santa Catarina e São
Paulo possuem as menores taxas de homicídios
por 100 mil habitantes: 12,8 e 15,1, respectivamente.
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