FONTE: CORREIO DA BAHIA ( ).
A Polícia Federal
informou que já foi feita perícia na bebida, mas as doses de THC, princípio
ativo da maconha, encontradas na cachaça são pequenas.
Uma cachaça diferente faz sucesso em Pernambuco - na
cidade de Cabrobró, a cachaça artesanal feita com raiz de maconha, a
"Pituconha", é vendida por R$ 30 a garrafa. É possível também comprar
uma dose por R$ 1. A informação é da Folha de S. Paulo.
A garrafa tem 965 ml. "Aguardente de cana adoçada
com raiz de maconha. O Ministério do Transporte adverte: o perigo não é um
jumento na estrada. O perigo é um burro no volante", diz o irreverente
rótulo.
Um servidor municipal da cidade, que não quis se
identificar, contou à reportagem que vende a cachaça nos finais de semana. A
bebida é feita com uma pitada de raiz de maconha - depois de operações
policiais para erradicar pés de maconha, algumas pessoas coletam as raízes e
vendem para produtores de cachaça. Um saco com 30 kg de raízes de maconha com
R$ 100.
A Polícia Federal informou que já foi feita perícia na
bebida, mas as doses de THC, princípio ativo da maconha, encontradas na cachaça
são pequenas. Mesmo assim, os policiais federais estão proibidos de trazer e distribuir
as raízes da planta após as operações - ao contrário do resto da planta, as
raízes não são incineradas nas operações.
"Se você for levar ao pé da letra, seria crime
(vender a bebida com raíz maconha) porque tem o princípio ativo. Só que a
concentração é baixíssima. É uma questão que ainda não se tem uma posição
definida", diz Carlo Correia, chefe da Delegacia de Repressão a
Entorpecentes da Polícia Federal em Pernambuco. O delegado diz ainda que a
quantidade de THC que é considerada crime não é determinada pela lei. "A
questão é de ordem prática: a concentração é muito pequena. Não existe uma
repressão sistematizada até hoje", acrescenta.
O artigo 2º da lei 11.343/2006, diz que "ficam
proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a
cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam
ser extraídas ou produzidas drogas", a não ser em casos com autorizações
legais dentro do que determina a Convenção de Viena sobre plantas de uso
"ritualístico-religioso".
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