FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Com o início da Copa do Mundo, foi dada a largada em uma
campanha de prevenção à Hepatite C nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa do
Mundo. Sob o título “Hepatite C tem cura. Seja um Campeão. Vença esse jogo”, a
ação é capitaneada pela ONG “C Tem Que Saber C Tem Que Curar” – formada a
partir de uma associação de pacientes com Hepatite C –, e conta com a
participação de outras ONGs voltadas para o combate à doença espalhadas pelo
País.
A campanha tem por objetivo conscientizar
turistas brasileiros e estrangeiros, ao longo do campeonato mundial, sobre os
riscos da doença, as formas de contágio e como diagnosticá-la precocemente.
Para tanto, estão sendo distribuídas 3,6 milhões de cartilhas informativas, em
português e inglês, que estão disponíveis em hotéis, pontos de táxi,
restaurantes e aeroportos das 12 cidades-sedes.
A Hepatite C é uma doença silenciosa que
atinge, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 150 milhões de
pessoas no mundo, sendo 3 milhões somente no Brasil.
Esses números chegam a ser cinco vezes maiores
do que os de pessoas portadoras do HIV, que atinge cerca de 630 mil brasileiros
e 33,5 milhões de pessoas no planeta. Segundo dados da ONG “C Tem Que
Saber C Tem Que Curar”, de cada 50 brasileiros um tem Hepatite C sendo que,
entre os portadores da doença, 95% não sabe que a possui devido à ausência de
sintomas.
A Hepatite C é causada por um vírus que ataca
o fígado de forma lenta, sem sintomas físicos para o portador. O vírus quase
sempre destrói o fígado da pessoa contaminada, ocasionando, na maioria das
vezes, cirrose e câncer hepático. A evolução do dano hepático é diferente para
cada indivíduo, podendo levar até 20 anos para a manifestação da doença.
“A campanha estimula as pessoas a saberem se
pertencem ao grupo de risco da Hepatite C e orienta quanto à realização do
teste especifico, podendo evitar novas contaminações”, atesta o médico Giovanni
Faria, presidente da Associação Paulista para o Estudo do Fígado. “Transmitida
a partir do contato com sangue contaminado, a Hepatite C tem tratamento e a
cura é possível para a maioria dos infectados, especialmente quando detectada
precocemente”, acrescenta o especialista.
“Na ausência de uma vacina contra a hepatite
C, o melhor é optar pela prevenção. Por isso a campanha tem foco na
disseminação da informação quanto à doença”, acrescenta Chico Martucci,
presidente da ONG C Tem Que Saber C Tem Que Curar, idealizador da ação e
portador da Hepatite C.
Nenhum comentário:
Postar um comentário