domingo, 15 de junho de 2014

EM CAMARÕES, 75% DAS INFECÇÕES POR HIV SÃO ENTRE MULHERES JOVENS...

FONTE: da Agência de Notícias da Aids (noticias.uol.com.br).

Segundo informações do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids), em Camarões, os primeiros casos de HIV/aids foram notificados em 1986. Por meio de apoio financeiro internacional, o tratamento para a doença é fornecido gratuitamente desde 2007 e inclui medicamentos de primeira e segunda linhas e, também, para infecções oportunistas. Camarões e México jogaram pela Copa do Mundo 2014.

Camarões.

Camarões elaborou um plano batizado de Plano Estratégico Nacional de Luta contra a Aids com o objetivo de garantir, entre outras questões, acesso aos tratamentos e cuidados para as crianças e os adultos portadores do HIV.

Com população de 20,1 milhões, o país tem uma prevalência do HIV de 4,5%. As mulheres jovens, entre 19 e 24 anos, são as mais atingidas, somando 75% das infecções. O número de novas infecções por mulheres de 15 a 49 anos está estabilizado em torno de 21 mil.

Estudos indicam que a principal forma de infecção se dá por via sexual, seguida da transfusão de sangue e da transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho, por meio do parto ou da amamentação.

Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids) , a cobertura do tratamento antirretroviral aumentou de 21% para 64%, mas a transmissão vertical diminuiu apenas de 28% para 21% desde 2009. Mais da metade das mulheres grávidas, 56%, não tem acesso ao tratamento antirretroviral e 10% das mortes por gravidez são atribuídas ao HIV.

Camarões triplicou a cobertura da profilaxia antirretroviral nos últimos anos, diminuindo em 30% as novas infecções entre crianças, de 8,2 para 5,8 mil de 2009 a 2012. Mesmo assim, segundo relatório do Unaids, entre as crianças que necessitam dos medicamentos, apenas 15% têm acesso a eles.

Mais números.
• Número de pessoas vivendo com HIV: 600 mil
• Índice de prevalência entre adultos - 15 a 49 anos: 4.5%
• Adultos com 15 anos ou mais vivendo com HIV: 540 mil
• Mulheres com 15 anos ou mais vivendo com HIV: 310 mil
• Crianças de 0 a 14 anos vivendo com HIV: 59 mil
• Número de crianças que necessitam de tratamento: 33 mil
• Mortes por aids: 35 mil
• Órfãos por aids de 0 a 17 anos: 330 mil

Sobre o país.
Camarões localiza-se na África Subsaariana e tem o petróleo e a agricultura como pontos fortes da economia. Cerca de 30% da população não tem emprego e quase 50% vive abaixo da linha de pobreza. O país ocupa o 150º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que reúne 182 países.

México.

No México cerca de 170 mil pessoas vivem com HIV numa população estimada em 120,8 milhões de pessoas. Segundo estimativas do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), desse total, 82% são do sexo masculino -- para cada mulher há 4,6 homens vivendo com o vírus, no país.

A epidemia do HIV é classificada como concentrada, uma vez que não avançou na população em geral, mas se mantém em populações específicas, como nos homens que fazem sexo com homens (HSH), usuários de drogas injetáveis (UDI), assim como homens profissionais do sexo e, em menor escala, mulheres profissionais do sexo e população carcerária.

A forma de transmissão em 90% dos casos é por via sexual, principalmente entre os homens com mais de 15 anos. Nos primeiros anos da epidemia, os homens homossexuais e bissexuais representavam mais de 90% do total de casos registrados. Segundo o relatório, eles hoje são, aproximadamente, 50% do total. A transmissão vertical apresenta uma porcentagem baixíssima.

A prevalência do vírus na população adulta (entre 15 e 49 anos) é de 0,24%, sendo superior a 5% entre HSH, UDI e homens profissionais do sexo. Em relação à idade, o grupo de 30 a 34 anos tem a maior porcentagem de casos diagnosticados (19,8%), seguido do grupo de 25 a 29 anos (18,2%) e do grupo de 35 a 39 anos (16,4%).

Os primeiros casos de aids no México foram registrados em 1983, ano em que pouco se conhecia da infecção e não existiam manuais padronizados para confirmar a identificação dos casos. Só a partir de 2003, os mexicanos passaram a ter acesso universal ao tratamento antirretroviral.

Nos últimos anos, o esforço do país em relação à oferta de remédios e à atenção integral, combinados com estratégias preventivas e de combate ao estigma, à discriminação e à homofobia, começaram a render frutos. A mortalidade associada à aids caiu de 4,9 mortes a cada cem mil pessoas para 4,5.

Em relação à prevenção, as primeiras ações foram dirigidas ao controle da transmissão por transfusão de sangue e à prevenção junto às mulheres profissionais do sexo. Paulatinamente e, diante das evidências da concentração da transmissão entre os HSH, assim como o importante crescimento da epidemia em UDI, a estratégia foi reformulada para alcançar também esses grupos.

Sobre o país.
O México tem uma população estimada de 120,8 milhões de pessoas. É um país predominantemente católico e uma das maiores economias do mundo, sendo uma potência regional. Desde 1994, é o primeiro país latino-americano membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sendo um país de renda média-alta consolidada, ocupando o 61º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que reúne 182 países.


O país ainda ocupa o quinta posição no mundo e a primeira das Américas em número de Patrimônios Mundiais da UNESCO, com 31 lugares que receberam esse título,e em 2007 foi o 10º país mais visitado do mundo, com 21,4 milhões de turistas internacionais.

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