FONTE: RAUL JUSTE LORES, DE WASHINGTON (www1.folha.uol.com.br).
Depois de conseguir
atrair 8,5 milhões de americanos a adquirir o novo (e subsidiado) plano
universal de saúde, o governo americano estuda como controlar as contas
inflacionadas das despesas com saúde no país.
Os responsáveis pelo
Obamacare, o SUS do governo Obama, querem evitar internações desnecessárias,
reduzir o número de exames e premiar (ou punir) hospitais e médicos de acordo
com a performance de seus pacientes.
Entre as mudanças
provocadas pelo Obamacare, aprovado em 2010 e em implementação desde 2012, a
performance dos fornecedores de saúde e os registros eletrônicos têm despertado
debates entre profissionais de saúde.
Desde outubro de 2012,
o programa de "pagamentos por performance" está sendo implementado,
com indicadores que vão de "satisfação do paciente" com os serviços à
taxa de mortalidade.
Penalidades são
determinadas comparando-se um determinado hospital com a média nacional. Elas
são ajustadas por "fatores clínicos relevantes", como características
demográficas dos pacientes e tipos de tratamentos.
"Há um consenso de
que o Obamacare só será viável se houver uma redução nos custos do sistema e
uma operação mais eficiente", disse à Folha o consultor Matt Starr,
ex-diretor do hospital Indiana University Health.
"Mas há
preocupação sobre como esses números serão avaliados, desde a possibilidade de
manipulação dos mesmos à certeza que de acordo com o bairro ou a região, os
resultados serão muito diferentes."
Ou seja, a preocupação
é que hospitais em áreas mais pobres, onde alimentação e cuidados em casa têm
resultados inferiores aos de áreas mais ricas, terão performances igualmente
inferiores e serão punidos por isso.
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