FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Sentir dor na região da pelve é sinal de
alerta. Ainda no início, por menor que seja o desconforto sentido pela mulher,
o ideal é procurar um ginecologista. E demora por buscar uma avaliação médica
pode atenuar o problema, o tornando crônico.
Segundo Naura Tonin, médica e ginecologista,
quando a dor pélvica tem característica crônica ela não apresenta quadro
menstrual, com duração acima de seis meses. “A dor é tão intensa que chega a
ser suficiente para intervir nas atividades habituais”, enfatiza.
A situação é mais comum do que
muita gente imagina: de acordo com dados obtidos pela especialista, a
prevalência estimada de dor pélvica em situação crônica é superior à enxaqueca,
à asma e à dor nas costas, superando os 3,8% na faixa etária feminina que
compreende dos 15 aos 73 anos de idade.
“Na idade reprodutiva, o fator
também é preocupante, ocupando uma parcela de 14% a 24% das mulheres, o que
gera um impacto direto na vida conjugal, social e profissional. Isso
faz com que a dor pélvica – se não dada a devida atenção - se torne um problema
de saúde pública”, detalha.
Em busca do diagnóstico.
Quando o assunto é a dor que insiste em
permanecer, a realização de exames detalhados é obrigatória para se chegar a um
diagnóstico preciso e buscar tratamentos adequados.
Quase sempre o
ginecologista acaba por se tornar um clínico da mulher, onde as queixas de
dores, principalmente nesta região, acontecem com este tipo de especialidade.
“Cabe a este profissional avaliar as
características da dor e solicitar os exames para a investigação. A partir daí,
muitas vezes, é necessário o acompanhamento de outros profissionais com o
gastroenterologista, urologista, ortopedista, fisioterapeuta, entre outros”,
observa a médica.
Endometriose, doença inflamatória
pélvica, massas pélvicas e anexiais, aderências, congestão pélvica, distopias e
prolapsos genitais, Adenomiose, estenose do canal cervical, pólipos e miomas
são algumas das consequências resultantes das dores pélvicas.
“No caso da dor na endometriose ela é cíclica e relacionada com a menstruação.
As causas ginecológicas respondem
por cerca de 20% dos diagnósticos de causa de dor crônica. Gastro intestinal em
torno de 37%, sistema uroginecologico
e sistema musco esquelético, 31%”, estima.
“Qualquer incômodo é sinal de que algo não vai
bem, por isso, a ordem é procurar o seu médico de confiança para que o problema
não se agrave”, finaliza Naura.
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