FONTE: Estadão Conteúdo, CORREIO DA BAHIA.
A princípio, a
proposta do fair play financeiro terá de passar pela avaliação do poder
executivo (Ministério dos Esportes e da Casa Civil).
O Bom Senso FC, os clubes e a CBF entraram em acordo
sobre a proposta de fair play financeiro que deve entrar no Projeto de Lei de
Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE). No projeto, consta que os clubes que
atrasarem o pagamento de salários e direitos de imagem e sonegarem impostos
poderão ser punidos com o rebaixamento e seus dirigentes, perder o direito à
reeleição. O projeto de lei tramita em Brasília.
Os pontos do fair play financeiro foram definidos em uma
reunião no Rio com a presença de Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do
Coritiba e da comissão dos clubes, de representantes de patrocinadores e do
sindicato dos atletas e de dirigentes da CBF, além de integrantes do Bom Senso
e parlamentares.
Outro ponto que deve ser incluído no projeto de lei é a
criação de um órgão independente para fiscalizar a atuação financeira dos
clubes. Conforme acordado, a entidade será formada por dois conselhos:
representativo e executivo. O primeiro será constituído por representantes de
jogadores, treinadores, árbitros, executivos do futebol, patrocinadores, clubes
e CBF. E o segundo por profissionais de Direito, Economia, Administração,
Educação Física e Engenharia, entre outras especialidades.
As penas aos clubes que desrespeitarem as regras só
valerão para a competição seguinte, com o objetivo de não atrapalhar o
campeonato vigente. Além do rebaixamento, os clubes poderão sofrer advertência,
restrição de contratações e até perda de títulos e premiações. Inicialmente,
era prevista como punição a perda de pontos, mas essa ideia foi cortada da
pauta para evitar possíveis apelos ao “tapetão”.
Os clubes também não poderão pegar adiantamentos de
receitas com patrocinadores para contratar atletas, mas apenas para custear
dívidas com a construção de estádios ou centros de treinamento. “Ficamos
satisfeitos com o documento. Agora temos de garantir que tudo o que foi
acertado entre no projeto de lei. É fundamental”, afirmou Ricardo Borges,
diretor executivo do Bom Senso FC.
A princípio, a proposta do fair play financeiro terá de
passar pela avaliação do poder executivo (Ministério dos Esportes e da Casa
Civil), conforme decidido em reunião com a presidente Dilma Rousseff. Se
aprovado, o documento seguirá para votação no Congresso. A expectativa é a de
que a LRFE seja votada ainda neste ano, mas é possível que o processo seja
atrasado por causa do segundo turno das eleições.
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