Médicos colombianos
encontraram um vínculo entre a terapia de reposição hormonal e o
desenvolvimento do lúpus eritematoso, uma das doenças autoimunes mais comuns,
informaram nesta terça-feira (30) os cientistas, que tiveram seu trabalho
publicado na revista americana PLOS One.
O estudo, conduzido
pelo Grupo de Pesquisa Clínica e pelo Centro de Estudos de Doenças Autoimunes
(CREA), da Universidade do Rosário, na Colômbia, demonstrou que "uma
mulher que fizer terapia de reposição hormonal tem 1,96 vez mais o risco de
desenvolver lúpus do que uma mulher que não o fizer", explicou a cientista
Adriana Rojas em um comunicado.
O lúpus eritematoso é
uma das doenças autoimunes mais comuns, nas quais as defesas do corpo atacam o organismo,
e entre suas manifestações estão a inflamação nas articulações, a vermelhidão
na face, problemas cognitivos ou de memória, bem como dificuldades
cardiopulmonares.
A pesquisa revisou
mais de 7.000 estudos feitos em todo o mundo, tanto de mulheres saudáveis
quanto de afetadas por lúpus, submetidas a tratamento de reposição hormonal ou
que usaram anticoncepcionais hormonais, e deixou evidente a relação entre as
duas situações.
No entanto, os
autores do estudo destacaram que o fato de uma mulher ser tratada com hormônios
não quer dizer que ela vá ter lúpus, pois se requer a confluência de outros
fatores genéticos, ambientais e imunológicos para desenvolver a doença.
"O tema ainda
não está resolvido e faz falta realizar mais estudos que consigam responder à
pergunta de se os hormônios têm relação com o desenvolvimento do lúpus ou sua
exacerbação", disse a pesquisadora Ángela María Ruiz.
"Este estudo vai
servir de base para que mais adiante se possa estudar o tema de forma
definitiva", destacou.
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