FONTE: Maria Laura Albuquerque, do UOL, em São Paulo (mulher.uol.com.br).
Quando
a mulher está grávida, por mais saudável e balanceada que seja sua alimentação,
é importante que ela siga a orientação médica de consumir suplementos de
vitaminas e minerais. Não se trata de excesso de zelo. É praticamente
impossível garantir para ela mesma e para o bebê tudo o que eles precisam
durante os nove meses.
Especialistas ainda reforçam que, se possível, enquanto planeja a gravidez, já é válido iniciar a suplementação. No período pré-concepcional e até os três primeiros meses de gestação, é recomendada a ingestão de vitamina B9 (ácido fólico).
"Ela previne defeitos no tubo neural no bebê, como anencefalia e espinha bífida (fechamento incompleto do tubo neural)", afirma Roseli Nomura, professora-adjunta do departamento de obstetrícia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e professora-associada da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
A carência de vitamina B9 pode provocar também maior chance de deslocamento de placenta, nascimento precoce, morte neonatal, baixo peso ao nascer, prematuridade e anemia megaloblástica (diminuição de glóbulos vermelhos, que se tornam grandes, imaturos e com funcionamento anormal). Já durante a lactação, fase com muito desgaste para a mãe, todas as vitaminas e os minerais passam pelo leite materno para o bebê, então, seguir com as cápsulas é essencial.
"Estudos indicam que demora cerca de dois anos após o parto para que a mãe consiga recuperar seus estoques de nutrientes", diz Lenycia Neri, nutricionista do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, coautora do livro "Nutrição e Estilo de Vida Saudável da Gestante" (Instituto Girassol).
Especialistas ainda reforçam que, se possível, enquanto planeja a gravidez, já é válido iniciar a suplementação. No período pré-concepcional e até os três primeiros meses de gestação, é recomendada a ingestão de vitamina B9 (ácido fólico).
"Ela previne defeitos no tubo neural no bebê, como anencefalia e espinha bífida (fechamento incompleto do tubo neural)", afirma Roseli Nomura, professora-adjunta do departamento de obstetrícia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e professora-associada da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
A carência de vitamina B9 pode provocar também maior chance de deslocamento de placenta, nascimento precoce, morte neonatal, baixo peso ao nascer, prematuridade e anemia megaloblástica (diminuição de glóbulos vermelhos, que se tornam grandes, imaturos e com funcionamento anormal). Já durante a lactação, fase com muito desgaste para a mãe, todas as vitaminas e os minerais passam pelo leite materno para o bebê, então, seguir com as cápsulas é essencial.
"Estudos indicam que demora cerca de dois anos após o parto para que a mãe consiga recuperar seus estoques de nutrientes", diz Lenycia Neri, nutricionista do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, coautora do livro "Nutrição e Estilo de Vida Saudável da Gestante" (Instituto Girassol).
Em geral, todas as
gestantes costumam consumir a mesma lista de vitaminas e minerais na forma de
cápsulas. Porém, o ideal é que cada futura mãe seja avaliada por seu médico.
Conhecendo a dieta alimentar de cada mulher individualmente, o profissional
pode observar o que está faltando e orientar uma complementação personalizada.
Conheça alguns dos itens que não podem faltar nos multivitamínicos para gestantes:
Conheça alguns dos itens que não podem faltar nos multivitamínicos para gestantes:
Ferro.
Essencial, pois
participa da síntese de hemoglobina e mioglobina e, durante a gravidez, vários
processos fisiológicos fazem com que a demanda por esses micronutriente tenha
um incremento significativo, o que torna necessária uma maior ingestão e
absorção do componente.
De acordo com Paula Crook, nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, em São Paulo, durante a gestação, a quantidade de ferro absorvida nos intestinos aumenta, mas, mesmo assim, a maioria das gestantes não ingere quantidade satisfatória desse mineral.
De acordo com Paula Crook, nutricionista da PB Consultoria em Nutrição, em São Paulo, durante a gestação, a quantidade de ferro absorvida nos intestinos aumenta, mas, mesmo assim, a maioria das gestantes não ingere quantidade satisfatória desse mineral.
Cálcio.
Mineral importante
porque contribui para a formação da estrutura óssea e dentária do feto. A
substância ainda previne a hipertensão arterial e a pré-eclâmpsia (hipertensão
arterial específica da gravidez) na mulher. A deficiência faz com que ocorra a
retirada do cálcio dos ossos da mãe para suprir as necessidades de formação do
feto e também para a produção de leite. Com isso, a mulher pode desenvolver, no
futuro, problemas como osteoporose e cáries.
Vitamina A.
Para prevenir
defeitos congênitos, morte fetal, parto prematuro, retardo de crescimento
intrauterino e baixo peso ao nascer. É importantíssimo que o médico acompanhe a
dosagem consumida, já que o excesso pode provocar malformações fetais.
Vitamina D.
Atua na regulação do
metabolismo do cálcio e do fósforo, necessários ao bom desenvolvimento dos
sistemas nervoso, muscular e imunológico da criança.
Outro componente importante da suplementação é o ômega 3.
"A dieta ocidental padrão é severamente deficiente nesse nutriente", diz a nutricionista Paula Crook. É um lipídio considerado essencial, já que não é sintetizado no organismo. Entre os ácidos graxos da família ômega-3, o mais importante para a gestação é o DHA (ácido docosahexaenóico), segundo Roseli, da Unifesp. "Ele atua na composição dos tecidos do sistema nervoso central e da retina da criança", afirma.
Paula também ressalta que o aumento da ingestão de ômega 3 tem revelado uma redução no risco de alergias em crianças e diminuição do risco de pré-eclâmpsia. Por outro lado, a deficiência desse componente aumenta a chance de a mãe desenvolver depressão.
Outro componente importante da suplementação é o ômega 3.
"A dieta ocidental padrão é severamente deficiente nesse nutriente", diz a nutricionista Paula Crook. É um lipídio considerado essencial, já que não é sintetizado no organismo. Entre os ácidos graxos da família ômega-3, o mais importante para a gestação é o DHA (ácido docosahexaenóico), segundo Roseli, da Unifesp. "Ele atua na composição dos tecidos do sistema nervoso central e da retina da criança", afirma.
Paula também ressalta que o aumento da ingestão de ômega 3 tem revelado uma redução no risco de alergias em crianças e diminuição do risco de pré-eclâmpsia. Por outro lado, a deficiência desse componente aumenta a chance de a mãe desenvolver depressão.
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