Experimentei nessas sensações de volta ao passado o vácuo de
meu coração envenenado pela atração dos gozos mundanos, antes de retornar ao
orbe para minha derradeira encarnação; vi-me como um ser errante, sem destino,
crucificado pelo isolamento e pela condenação da consciência poluta.
Perambulando, mas retida no mesmo lugar como se fora chumbada ao solo, encontrei alguém que reconheci ser um espírito querido à minha existência.
Aproximei-me, então, depois de longa ausência, daquela que me serviu de mãe, a quem conhecestes. Como me sensibilizou vê-la naquela situação de humildade, lutando com mil asperezas num destino de pobreza ingrata!
Acerquei-me daquela jovem de faces maceradas nos trabalhos e lembrei as alegrias mentirosas de que fomos partícipes no passado. Tive ímpetos de incitá-la a abandonar as tristezas da sua vida material, mas uma voz imperiosa ordenou que eu me prostasse de joelhos.
Contemplei genuflexa o seu semblante cheio de serena grandeza no infortúnio e chorei, chorei, muito, exclamando:
- “Oh! Tu que já sorveste comigo, na taça das efêmeras felicidades da Terra, o mesmo vinho de envenenado sabor, e que hoje resgatas na túnica dos pobres e dos humilhados as dívidas de outrora, ajuda-me em meus bons desejos!... Eu quero também esconder nos trapos da plebe anônima e sofredora as úlceras da minha enorme desdita. Lavarei com lágrimas as nódoas da minha consciência. Seja eu sangue do teu sangue, carne da tua carne! Dá-me das tuas vestes e das tuas preocupações, dá-me dessas dores que hoje te crucificam e desses desgostos que desfazem os teus enganos e ilusões, porque só eles, só esses sofrimentos salvadores, balsamizarão as minhas feridas, devolvendo-me a paz consoladora.
Recebe-me, oh espírito bem amado, afaga-me em teu carinhoso regaço para eu adormecer esquecendo!... Eu tenho necessidade de olvido numa luta nova!...”
Nessas rogativas sinceras, vi que o rosto daquela mulher se cobria de lágrimas; pensamentos tristes e amargosos envolviam-na. É que os meus apelos repercutiram no seu coração.
Chorando, chorando, senti-me exausta de forças, sem poder erguer-me da prostação; vibrações de uma brisa misteriosa varriam, entretanto, do meu cérebro esgotado, as mágoas e as preocupações.
Eu perdia a consciência de mim mesma... É que dava o primeiro passo para o meu renascimento na Terra e, segundo os meus desejos, aquela mulher me recebia em seu seio para, igual a ela, sorver o fel da provação redentora e, imitando-a, fui também mãe para sofrer e me redimir.
Perambulando, mas retida no mesmo lugar como se fora chumbada ao solo, encontrei alguém que reconheci ser um espírito querido à minha existência.
Aproximei-me, então, depois de longa ausência, daquela que me serviu de mãe, a quem conhecestes. Como me sensibilizou vê-la naquela situação de humildade, lutando com mil asperezas num destino de pobreza ingrata!
Acerquei-me daquela jovem de faces maceradas nos trabalhos e lembrei as alegrias mentirosas de que fomos partícipes no passado. Tive ímpetos de incitá-la a abandonar as tristezas da sua vida material, mas uma voz imperiosa ordenou que eu me prostasse de joelhos.
Contemplei genuflexa o seu semblante cheio de serena grandeza no infortúnio e chorei, chorei, muito, exclamando:
- “Oh! Tu que já sorveste comigo, na taça das efêmeras felicidades da Terra, o mesmo vinho de envenenado sabor, e que hoje resgatas na túnica dos pobres e dos humilhados as dívidas de outrora, ajuda-me em meus bons desejos!... Eu quero também esconder nos trapos da plebe anônima e sofredora as úlceras da minha enorme desdita. Lavarei com lágrimas as nódoas da minha consciência. Seja eu sangue do teu sangue, carne da tua carne! Dá-me das tuas vestes e das tuas preocupações, dá-me dessas dores que hoje te crucificam e desses desgostos que desfazem os teus enganos e ilusões, porque só eles, só esses sofrimentos salvadores, balsamizarão as minhas feridas, devolvendo-me a paz consoladora.
Recebe-me, oh espírito bem amado, afaga-me em teu carinhoso regaço para eu adormecer esquecendo!... Eu tenho necessidade de olvido numa luta nova!...”
Nessas rogativas sinceras, vi que o rosto daquela mulher se cobria de lágrimas; pensamentos tristes e amargosos envolviam-na. É que os meus apelos repercutiram no seu coração.
Chorando, chorando, senti-me exausta de forças, sem poder erguer-me da prostação; vibrações de uma brisa misteriosa varriam, entretanto, do meu cérebro esgotado, as mágoas e as preocupações.
Eu perdia a consciência de mim mesma... É que dava o primeiro passo para o meu renascimento na Terra e, segundo os meus desejos, aquela mulher me recebia em seu seio para, igual a ela, sorver o fel da provação redentora e, imitando-a, fui também mãe para sofrer e me redimir.
Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!
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Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e
Saúde!!
Obrigado pela companhia!!! Centro Espírita Caminhos de Luz – Pedreira – SP – Brasil. |
Pelo Espírito Maria João de Deus - Do livro: Cartas de uma
Morta, Médium: Francisco
Cândido Xavier.
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