Sempre com a orientação de um nutricionista você pode não ficar somente
nos sachês de gel.
A suplementação durante treinos e provas é um
assunto muito discutido em diversos aspectos. Tanto no consumo sem a devida
necessidade quanto a falta dos carboidratos, podem trazer consequências ruins.
O treinador Manuel Lago costuma abordar esse
assunto constantemente em seu perfil na rede social. Ele explica que hoje em
dia algumas pessoas acham que é mais importante suplementar do que treinar.
“Existem vários pontos que me incomodam nesse assunto. Imagina se você entra em
uma loja e cada rótulo diz uma coisa, seria mole comprar tudo e ficar no sofá
esperando o resultado. Também me incômodo muito com o preço abusivo dos sachês,
alguns custam até R$ 12,00, com esse dinheiro você compra várias bananadas e
frutas. As pessoas estão deixando de serem felizes e criando paranoias para
emagrecer e melhorar o desempenho”, diz o corredor e finaliza: “eu como
chocolate sim e pastel com caldo de cana no fim dos treinos também”.
A nutricionista Andrea Matarazzo explica que, o
consumo de carboidratos de rápida absorção em corridas mais longas não é
frescura já que o corpo precisa de mais energia para o exercício, porém não se
pode abusar. “Devemos sempre procurar opções que sejam equivalentes a 100
calorias no máximo”, diz. Não podemos esquecer que isso não é a solução para
correr melhor e sim uma ajuda para o corpo, já que nenhum suplemento faz
milagre.
Ela também conta que algumas opções naturais como
as usadas por Lago podem ser incluídas, principalmente no universo das corridas
de montanha onde os treinos e provas costumam ser mais longos e o corpo precisar
de mais energia. São tantas opções gostosas que dá até vontade de treinar.
“Temos a opção de jujuba, doce de leite, bananinha, goiaba frutas in natura,
paçoca, azeitona, biscoitos salgados entre outras opções”.
A administradora e corredora Nicolle Buttignon,
participou pela primeira vez de uma meia maratona em 2014, ela conta que nunca
usou suplementação por não ter ido a um nutricionista e pelo medo das reações
de seu corpo. “Tive receio de tomar qualquer coisa que pudesse interferir no
meu desempenho, mas após essa primeira prova percebi que, se quero melhorar é
necessário manter uma alimentação diferenciada”, conta.
No caso de Nicolle por não ter acompanhamento
nutricional a melhor opção foi mesmo não arriscar na hora da prova, até porque
o organismo precisa estar acostumado com a ingestão do carboidrato durante o
exercício. “Para quem não está acostumado a repor energia durante treino o
ideal é começar consumindo algum carboidrato a cada hora e procurar um
nutricionista especializado no esporte para que possa orientá-lo da melhor
maneira possível, pois do contrário o rendimento não será o mesmo”, finaliza a
nutricionista.
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