FONTE: Rayllanna Lima, REPÓRTER, TRIBUNA DA BAHIA.
A Bahia está a um passo de ter sua primeira
unidade hospitalar de saúde pública a realizar o processo transexualizador
através do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Bahia
está a um passo de ter sua primeira unidade hospitalar de saúde pública a
realizar o processo transexualizador através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Após receber autorização da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o
Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), conhecido
como Hospital das Clínicas, aguarda habilitação do Ministério da Saúde (MS)
para iniciar o atendimento às pessoas transexuais e transgêneros.
De
acordo com a endocrinologista responsável pelo Ambulatório Transexualizador do
Hupes, Luciana Barros Oliveira, será oferecido suporte durante todo o processo,
desde o atendimento psicoterapêutico até a hormonioterapia. “Vamos oferecer
atendimento tanto com psiquiatras, quanto com psicólogos, por no mínimo dois
anos. Além de acompanhamento endrocrinológico e orientação do homonioterapia,
porque a gente sabe que muitas pessoas trans fazem homonioterapia por conta
própria, que, geralmente, aumentam o efeito colateral e não trazem benefícios
reais em aspecto estético, mudança e adequação do corpo”, informou.
As
pessoas que desejam realizar modificações corporais, em função de um desacordo
entre seu sexo biológico e o seu gênero, são assistidas pelo SUS desde agosto
2008, quando o MS publicou a Portaria Nº 457. “Pela portaria, também
ofereceremos acompanhamento até um ano depois da cirurgia, que é para ajudar
nessa adaptação desse corpo novo, de seu funcionamento. E, depois disso, a
pessoa vai seguir fazendo só a hormonioterapia, que se torna necessária a toda
pessoa trans”, destacou a endocrinologista.
Luciana Barros também garante que todos os funcionários –
dos que trabalham na segurança da clínica aos que realizam procedimentos
cirúrgicos – foram capacitados para melhor atender o público em questão.
“Esperamos que o Ministério da Saúde nos autorize o mais rápido possível,
porque já estamos preparados para começar o atendimento”, afirmou.
Para realizar qualquer procedimento é preciso ter idade mínima de 18 anos. Em se tratando de cirurgia para mudança de sexo, a idade mínima é de 21 anos.
Carência.
Apesar de Ministério da Saúde oferecer atenção às pessoas nesse processo desde 2008, apenas cinco hospitais, todos universitários, estão habilitados para realizar o processo transexualizador. São eles os Hospitais das Clínicas de Recife, Porto Alegre, Goiânia, São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio. Para a responsável pela implantação do projeto na Bahia, será uma avanço poder atender à população do Estado, bem como ajudar do atendimento de pessoas que moram em outros estados.
Apesar de Ministério da Saúde oferecer atenção às pessoas nesse processo desde 2008, apenas cinco hospitais, todos universitários, estão habilitados para realizar o processo transexualizador. São eles os Hospitais das Clínicas de Recife, Porto Alegre, Goiânia, São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio. Para a responsável pela implantação do projeto na Bahia, será uma avanço poder atender à população do Estado, bem como ajudar do atendimento de pessoas que moram em outros estados.
Alguns
baianos, antes mesmo de o processo ser iniciado, estão questionando sobre o
sistema público de saúde da Bahia ser carente para outras patologias, e querer
iniciar esse novo tipo de atendimento. Sobre isso, a responsável pelo
Ambulatório Transexualizador no Hospital das Clínicas faz um alerta para o que
determina a Constituição Brasileira.
“A
Saúde é um direito de todo cidadão, que deve ser assegurada pelo Estado. Não é
porque algumas pessoas vêem esse público de forma diferente, que eles não têm
direito. Muito pelo contrário, a população trans foi desassistida durante todo
esse tempo. Assim como as lésbicas e os gays, que sofrem por não terem acesso
adequado à Saúde. Então, o que a gente quer é reparar essa falha que temos até
hoje. É indiscutível que a Saúde é deficiente para todas as pessoas, que
infelizmente não é como gostaríamos. Mas, você não pode excluir pessoas da
atenção, para dar melhor atenção aos outros”, pontuou Luciana Barros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário