quinta-feira, 24 de novembro de 2016

AUTOMEDICAÇÃO – VOCÊ DEVE CONHECER OS PERIGOS!...

FONTE: , Planodesaude.net, (www.msn.com).


A maioria de nós já tomou remédios sem receita médica, seja para uma dor de cabeça, dor nas costas ou gripe. Mesmo esses medicamentos inofensivos trazem riscos para a saúde.

Remédios sem receita médica podem servir para dar alívio imediato a sintomas simples, principalmente quando há dificuldade em marcar uma consulta médica. Mas algumas pessoas vão além, e partem para misturas que podem trazer consequências graves, ingerindo substâncias que são antagônicas ou tomando medicamentos e álcool, chegando até mesmo à dependência química.

Problema de saúde pública.
A automedicação, ou tomar medicação por conta própria, já se tornou um problema de saúde pública, não somente no Brasil, mas no mundo. O uso indevido de remédios foi responsável por 28% das notificações de intoxicação, registradas pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, no ano de 2003.

Um dos problemas mais frequentes com a automedicação é que, ao melhorar os sintomas temporariamente, pode esconder a verdadeira origem do problema e agravar a doença. Além disso, o princípio ative de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. Remédios tomados de maneira inadequada podem provocar reações alérgicas, dependência e quadros mais graves como coma e morte.

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A automedicação é estimada em 35% de todos os medicamentos que são vendidos. A maior parte dos casos é em função da indicação de familiares ou amigos, que já passaram pelos sintomas parecidos. Entretanto, cada organismo reage de uma maneira, dependendo da idade, sexo e história clínica. Em um amigo a medicação pode ter tido efeito positivo, mas em outra pessoa pode não ser tão benéfica.

Os dois tipos de medicamentos que trazem consequências negativas mais graves, quando não são tomadas com orientação médica são os antibióticos e os anti-inflamatórios.

O que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo a OMS, 50% dos pacientes de todo o mundo tomam medicamentos de forma incorreta. Além disso, metade de todos os medicamentos que são prescritos pelos médicos, é dispensável, segundo a organização. Chama também muita atenção o fato de que 1/3 da população mundial não tem acesso a medicamentos essenciais.

No Brasil, a Anvisa desenvolve ações para incentivar o uso racional e controlar a utilização indiscriminada de medicamentos. Uma dessas ações é através do programa Rede de Hospitais Sentinela, que são unidades hospitalares em todo o país preparadas para notificar efeitos adversos e complicações provocadas por medicamentos.

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Antibióticos.
Quando se pensa em tomar um antibiótico é preciso ter muita atenção para diversos fatores de risco. Se não for o tipo de antibiótico indicado especificamente para o problema, se não for tomado pelo período recomendado pelo laboratório ou não for respeitada a dosagem e a posologia, haverá o aumento da resistência dos micro-organismos da infecção, o que compromete a eficácia do tratamento e colabora para que haja cada vez mais dificuldades nos tratamentos em geral.

Antibióticos.
São vários os tipos de antibióticos desenvolvidos pela indústria farmacêutica e que estão à venda no mercado. Cada tipo tem sua ação ligada à sua estrutura química. A ação de um antibiótico sobre um micro-organismo se dá através da ação sobre suas enzimas e sua membrana celular. Dependendo da sua substância, cada antibiótico é absorvido de uma maneira pelo organismo humano.

O que a ciência nos alerta é para uma grave associação de ingerir álcool com antibióticos. Isso faz com que a absorção do medicamento seja alterada.

As características químicas dos componentes dos medicamentos determinam a maneira como eles serão absorvidos pelo nosso corpo. Substâncias com caráter ácido, alcalino ou aquelas do tipo “gordurosas” ou substâncias apolares, dissolve-se bem no organismo. Mas dependendo da acidez existente no organismo podem ser pouco absorvidas.

álcool estimula a produção do ácido clorídrico no estômago, aumenta os movimentos do intestino, podendo até provocar vômitos e diarreia e assim o medicamento ingerido vai ser menos absorvido. A interação do álcool não se realiza exatamente com os componentes do antibiótico, mas na absorção desses componentes. Evidentemente, com uma absorção menor, o medicamento vai ter sua ação diminuída.

Além desse efeito adverso, o álcool ingerido com antibióticos produz uma atividade extremamente tóxica para o fígado. Geralmente os antibióticos já são agressivos para o fígado, no entanto, quando se usa álcool esse efeito negativo é ainda maior.

Entretanto, esses mecanismos de interação, embora sejam coerentes, não são os principais responsáveis pela recomendação de não ingerir bebidas alcoólicas juntamente com antibióticos.

Se existem alguns antibióticos ou medicamentos que não produzem efeitos adversos quando em associação com o álcool, para este ou aquele paciente, isso não pode servir de desculpa para que sejam usados, porque há o risco de complicações. Os médicos preferem generalizar e determinar que isso não deve ser feito por ninguém.

Automedicação com anti-inflamatórios.
Os anti-inflamatórios podem levar a diversas interações com outros tipos de medicamentos, agravando problemas existentes, com sérios efeitos colaterais. A automedicação nesse caso é ainda mais perigosa. É por esse motivo que eles só devem ser receitados por um médico, que pode identificar e minimizar as reações adversas, tais como: 

Efeitos gastrintestinais.
Os efeitos colaterais podem ser evidentes, como dor de estômago, náuseas, vômitos, queimação, causados pela mucosa irritada do estômago ou esôfago. Mas também podem não ser percebidos imediatamente, levando a úlcera do estômago, que acabe em perfuração e exige cirurgia. Há efeitos que também são percebidos posteriormente, como constipação e hemorragia intestinal, que pode levar até à morte.

Fígado.
Há medicamentos tóxicos para o fígado, provocando dor, náuseas, dor de cabeça e até falência hepática.

Rins.
A função renal pode ser grandemente prejudicada com o uso inadequado de anti-inflamatórios. Os rins filtram a ureia e equilibram a presença de sais como o sódio e o potássio. Os anti-inflamatórios podem alterar as estruturas do rim, prejudicando o seu trabalho. As substâncias que se acumulam no organismo, como ureia e potássio, podem chegar a um nível perigoso. O descontrole leva a aumento da pressão arterial e inchaço, exigindo até mesmo a diálise, ou seja, a filtragem de substâncias prejudiciais por meios mecânicos, em um hospital equipado.

Sistema Nervoso.
O uso de anti-inflamatórios de forma não controlada pode atingir o sistema nervoso central, com sintomas como dores de cabeça, alucinações, confusão mental e depressão, vertigem, distúrbios de visão e zumbidos, chegando até ao desenvolvimento de meningite medicamentosa.

Automedicação com analgésicos também oferecem riscos.
Os analgésicos são vendidos livremente, estão em qualquer farmácia. A atitude de comprar um para dor de cabeça ou dor nas costas é bastante comum. Mas há um especificamente, o ácido acetilsalisílico, a famosa aspirina, que é aparentemente inofensiva, mas pode trazer efeitos negativos, dentre os quais as úlceras estomacais, problemas de hemorragia, alergia, tontura e fadiga.
Outros analgésicos, como o paracetamol e o acetaminofen também tem efeitos colaterais, porque podem ser tóxicos para o fígado.

O que fazer em caso de intoxicação.

Se você estiver com algum problema que ocorreu depois do uso de um medicamento, entre em contato com o Disque Intoxicação da Anvisa. O telefone é 0800 7226001 e procure ajuda médica, levando o medicamento, sua embalagem e bula, para que seja possível verificar todas as informações, inclusive o prazo de validade.

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