FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Os cálculos incluem os gastos com impressão,
aplicação, correção e distribuição das provas e materiais administrativos.
A
reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 3 e 4 de dezembro
custará R$ 10.512.564,33, segundo nota divulgada ontem (18) pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os
cálculos incluem os gastos com impressão, aplicação, correção e distribuição
das provas e materiais administrativos.
O valor
é inferior ao inicialmente projetado pelo Ministério da Educação (MEC), de R$
15 milhões. Ao todo, 271.033 candidatos tiveram a prova adiada devido a
ocupações de escolas, universidades e institutos federais.
Além desses
estudantes, também farão as provas em dezembro candidatos que tiveram a
aplicação das provas prejudicadas por problemas de infraestrutura, como
interrupção temporária do fornecimento de energia elétrica.
Na
próxima terça-feira (22), o Inep divulgará os novos locais de prova e o número
final de inscritos habilitados a fazer as provas em dezembro.
Enem.
O Enem
foi aplicado nos dias 5 e 6 de novembro para 5,8 milhões de candidatos. Devido
a ocupações de escolas, universidades e institutos federais, o MEC adiou o
exame para um grupo de estudantes que faria a prova em 405 locais de diferentes
estados.
Esses
estudantes receberam um aviso do Inep por mensagem no celular e e-mail.
Segundo
o Inep, a realização do exame ficou inviabilizada para aproximadamente 3% dos
inscritos, uma vez que essas mobilizações comprometiam a segurança necessária
aos participantes e às provas em si.
As
ocupações ocorrem em diversos estados do país. Estudantes do ensino médio,
superior e educação profissional têm buscado pressionar o governo por meio do
movimento.
Os
alunos são contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 que limita os
gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Eles
também criticam a reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP)
746/2016, enviada ao Congresso.
No
último dia 7, o MEC pediu à Advocacia Geral da União (AGU) para que tome as
medidas cabíveis a respeito dos prejuízos causados pelo adiamento das provas.
Em nota
conjunta, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos
Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-graduandos
(ANPG) criticaram a postura do MEC que, segundo as entidades, "tenta
criminalizar o movimento estudantil buscando enfraquecer o movimento legítimo das
ocupações".
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