FONTE: Do UOL, em São Paulo, (noticias.uol.com.br).
Você já reparou que
as feridas dos idosos demoram mais para cicatrizar em comparação aos ferimentos
em pessoas mais jovens?
De acordo com uma
pesquisa realizada por cientistas da Universidade Rockefeller, publicado na
revista Cell, isso acontece devido a uma interrupção na comunicação
entre as células da pele e o sistema imunológico.
A cicatrização de
feridas é um dos processos mais complexos que acontecem no corpo humano. As
células do sistema imunológico e as da pele se unem para fazer um processo que
começa com a formação de uma crosta.
As células
responsáveis pelas funções de barreira e proteção do corpo, chamadas de
queratinócitos, se reúnem sob a crosta para preencher a ferida.
Em testes com ratos,
os pesquisadores descobriram que nos animais mais velhos os queratinócitos
agiam de forma muito mais lenta, enquanto nos mais jovens uma proteína de
sinalização era enviada para as células imunes, o que aumentava a velocidade de
cicatrização.
Quando a mesma
proteína foi aplicada a pele de rato mais velho a velocidade da comunicação
entre as células e o sistema imunológico aumentou.
Essa demora dos
queratinócitos em chegar até a crosta das feridas é o que faz com que elas
demorem dias para fechar.
De acordo com os
especialistas, essa migração das células para fechar um ferimento requer
coordenação e que células imunes fiquem próximas, com o envelhecimento ocorrem
interrupções na comunicação entre elas, por isso passa a demorar mais tempo.
O estudo observou
ratos com dois e 24 meses, aproximadamente 20 e 70 anos de idade em seres
humanos.
A pesquisa pode ajuda
a encontrar tratamentos que possam acelerar a cicatrização em pessoas mais
velhas.
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