O
dia em que muitos não acreditavam ser possível chegar, chegou. Nesta terça, 22,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação
de medicamentos com maconha. Mas, é
importante dizer que isso não significa que o uso da erva está legalizado.
Somente algumas pessoas, em condições específicas de saúde e com aval e
recomendação médica, poderão fazer uso do medicamento que contém uma pequena
dose de Maconha (canabidiol) em sua composição.
Entenda os detalhes
abaixo:
Maconha no Brasil.
Agora
remédios com até 30 mg de tetrahidrocanabiol (THC) e de canabidiol por
mililitro poderão ser registrados, vendidos e utilizados no país.
Os
medicamentos - que terão tarja preta - só poderão ser comercializados
mediante apresentação de prescrição médica, explica o diretor da Anvisa, Jarbas
Barbosa.
Nas
farmácias, as vendas serão, obrigatoriamente, registradas no Sistema Nacional
de Controle de Medicamentos, que monitora e checa se há algum desvio ou
abuso em sua indicação.
A
primeira medicação em processo de registro é o Mevatyl, conhecido como Sativex,
obtido da planta Cannabis sativa L. O uso deste medicamento é
indicado para pacientes adultos portadores de uma doença chamada
"espasticidade moderada à grave", que é uma espécie de paralisia
muscular resultado da esclerose múltipla.
A
aquisição do produto será feita diretamente pela Anvisa, por meio de
cadastramento eletrônico pelo site da agência ou pelos Correios, com apresentação de laudo médico,
receita e termo de responsabilidade para posterior avaliação de cada caso.
Com
a nova medida, o procedimento não muda, mas o processo fica mais rápido para
casos que solicitam medicamentos com concentrações pequenas de THC.
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