A
primeira consulta ao dentista é feita no primeiro ano de vida, mas cuidados com
a saúde oral dos bebês devem começar ainda na gestação. Na oitava semana de
gravidez, os dentes de leite já estão em processo de surgimento e, neste
período, uma dieta com a quantidade adequada de vitamina D é essencial para que
a criança nasça com uma formação dentária saudável. De acordo com a dentista
especializada em odontopediatria Maria Tereza Wendel, o consumo da substância é
fundamental para o desenvolvimento dos dentes e ossos do bebê. “A vitamina D
mantém a concentração de cálcio no sangue: ele vai se juntar ao fósforo,
tornando os dentes mais rígidos. É a vitamina D que faz essa fixação do cálcio
nos ossos e nos dentes”, afirma a especialista.
De
fácil obtenção, a vitamina D é a única que o nosso próprio corpo é capaz de
sintetizar através da exposição à luz solar. Uma dieta desequilibrada, com um
consumo abaixo da média indicada, pode prejudicar a saúde dos bebês em
gestação, implicando diversos tipos de problemas orais no futuro. “Os dentes
podem vir a erupcionar mais tarde, podem nascer com falhas no esmalte, e se o
esmalte não estiver bem formado, é mais fácil contrair cárie. Além disso, são
grandes as chances da criança nascer com uma estrutura dentária incorreta”, diz
a odontopediatra Maria Tereza Wendel.
De
acordo com especialista, a vitamina D pode ser facilmente obtida, sendo
necessária uma rotina de apenas 20 minutos sob o sol, antes das 10h da manhã,
para a regulação do nível da vitamina no sangue. A quantidade adequada da
substância no sangue varia de acordo com cada metabolismo. Segundo Maria
Tereza, é necessária uma consulta profissional para avaliar se há falta ou
excesso de vitamina D na dieta. “Elas precisam procurar um obstetra. Existe um
exame que é feito em laboratório, que vários convênios já permitem, custa cerca
de R$ 120, e ele analisa a dosagem da Vitamina D no nosso sangue. Com base
neste procedimento, o médico vai prescrever mais ou não”, aconselha a
profissional.
Embora
o consumo de vitaminas esteja na moda, a dentista afirma que cada diagnóstico é
individual, e que as doses necessárias variam de acordo com cada indivíduo. “O
excesso pode comprometer. Não se pode tomar vitaminas sem prescrição médica”,
afirma. De acordo com a especialista, as gestantes negras devem ter maior
atenção sobre seus níveis de vitamina D. “Uma pessoa negra possui mais melanina
na pele, o que dificulta a passagem dos raios de sol. Por isso, uma pessoa
negra precisa de mais vitamina D que uma pessoa branca. Assim como alguém que
more no Canadá, por exemplo, vai ter chances de ter insuficiência de vitamina
D, porque lá o tempo de sol é maior”, diz a dentista.
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