Alinhar o sorriso, mas sem a necessidade de
bráquetes e fios de aço. Essa é função dos alinhadores “invisíveis”, feitos em
impressoras 3D. Além de serem transparentes, as capinhas que envolvem os dentes
ainda podem ser retiradas durante a alimentação e a higiene. Marcelo Fonseca,
(CRORJ 12334), fundador da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, explica
que, por meio de pressão, essas capinhas vão condicionando os dentes a ficarem
na posição desejada.
Rodrigo Guedes, (CRORJ 29659) cirurgião dentista
especialista em Ortodontia, esclarece que para confeccionar os alinhadores
estéticos é necessário escanear a boca do paciente. “Dessa forma, o
ortodontista terá informações computadorizadas e poderá realizar um plano de
todo o tratamento, pois o software gera uma espécie de sequência de fotos”,
afirma Guedes.
Após ser realizado o escaneamento e o plano de
tratamento, impressoras 3D farão a produção sob medida de cada aparelho que o
paciente usará ao longo do tratamento, uma vez que cada etapa pede um alinhador
específico, diferente do anterior. Os aparelhos são confeccionados em material
flexível especial. “Essas capas se deformam momentaneamente ao se acoplar aos
dentes e, devido a sua memória de forma e elasticidade, conseguem
gradativamente movimentar os dentes, corrigindo-os um pouco mais a cada nova
troca”, explica o especialista. Em média, os alinhadores serão trocados de duas
em duas ou de três em três semanas, mas o tempo dependerá do tratamento
necessário.
Após colocar o alinhador, algumas pessoas podem
perceber leve alteração ao falar, o que costuma melhorar em algumas horas. Para
que tenham o efeito desejado dentro do tempo previsto, os alinhadores precisam
ser usados 24 horas por dia, sendo removidos apenas no momento da alimentação e
higienização. Para ingerir bebidas (a menos que seja água) também é necessário
tirar o aparelho, pois os pigmentos podem causar mudanças na cor da
placa, que perderá sua transparência.
Assim como nos aparelhos fixos, ao final da terapia
também é indicada a utilização de aparelhos de contenção para estabilizar e
conter os dentes na posição conseguida através do tratamento. De acordo com
Fonseca, essa técnica evoluiu muito nos últimos anos, mas ainda tem limitações.
Por isso, em casos mais complexos, não substitui o aparelho fixo.
Algumas vantagens:
Podem ser removidos para comer qualquer alimento,
ao contrário do que ocorre na técnica com bráquetes.
Apesar de não tratar, protegem os dentes da
consequência de possíveis desgastes causados pelo bruxismo enquanto as placas
estão sendo utilizadas, pois o paciente range as placas e não os dentes.
Possibilita a escovação e uso do fio dental de
forma fácil e rápida quando comparados com a técnica tradicional.
Possibilita a remoção em caso de uma necessidade
social como uma entrevista de emprego (é importante que o paciente saiba que
não usar a placa implica em não evolução do bom andamento da correção e fazer
isso rotineiramente resultará em um aumento de tempo de tratamento).
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