FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando
igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo
feminino após essa fase.
A
enxaqueca é uma doença que atinge 20% das mulheres e 5 a 10% da população
masculina. A informação é da Sociedade Brasileira de Cefaleia. De acordo com o
Ministério da Saúde, o mal é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45
anos, sendo que após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir
principalmente em mulheres. A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando
igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo
feminino após essa fase.
Segundo
o doutor em Neurologia, Mauro Eduardo Jurno, a enxaqueca é um dos tipos de
cefaleia (dor de cabeça), que se caracteriza por uma dor pulsátil em um dos
lados da cabeça (às vezes dos dois), geralmente acompanhada de fotofobia e
fonofobia, náusea e vômito. A duração da crise varia de quatro a 72 horas,
podendo ser mais curta em crianças.
O
especialista explicou que a enxaqueca é uma doença crônica de alto custo
pessoal, social e econômico que é frequentemente tratada como uma simples dor
de cabeça, não chegando a receber os medicamentos específicos e mais eficazes.
“A enxaqueca é uma doença crônica caracterizada pela disfunção do córtex
cerebral e do complexo trigêmino-vascular que precisa de tratamento adequado”,
revelou.
Para
Mauro Eduardo Jurno, o diagnóstico clínico para enxaqueca é baseado nos dados
obtidos pela história clínica do paciente e por um exame neurológico normal.
“Os critérios de diagnóstico estão presentes em um
documento chamado de Classificação Internacional das Cefaleias, no qual constam
os critérios clínicos para o diagnóstico não só da enxaqueca, mas também de
outras cefaleias”, esclareceu, ressaltando que, os fatores desencadeantes, são
aqueles fatores que desencadeiam as crises de enxaqueca em pacientes
suscetíveis. “A lista de fatores é formada por vários itens: alimentos,
bebidas, jejum prolongado, falta ou excesso de sono”, observou.
O médico afirmou que é possível evitar as crises.
“O
primeiro passo é identificar os fatores deflagradores das crises, através do
uso de tratamentos que evitam ou diminuam a frequência das crises, os chamados
de tratamento profilático”, explicou. Segundo ele, as crises são tratadas com
medidas não farmacológicas, como repouso no leito, hidratação (se não houver
vômitos), ambiente silencioso e tranquilo. “As medidas farmacológicas são
divididas em analgésicos, anti-inflamatórios e triptanas, que são drogas
específicas para tratar as crises de enxaqueca”, esclareceu.
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