sábado, 18 de março de 2017

ENXAQUECA ATINGE 30% DA POPULAÇÃO...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.


A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo feminino após essa fase.

A enxaqueca é uma doença que atinge 20% das mulheres e 5 a 10% da população masculina. A informação é da Sociedade Brasileira de Cefaleia. De acordo com o Ministério da Saúde, o mal é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45 anos, sendo que após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir principalmente em mulheres. A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo feminino após essa fase. 
Segundo o doutor em Neurologia, Mauro Eduardo Jurno, a enxaqueca é um dos tipos de cefaleia (dor de cabeça), que se caracteriza por uma dor pulsátil em um dos lados da cabeça (às vezes dos dois), geralmente acompanhada de fotofobia e fonofobia, náusea e vômito. A duração da crise varia de quatro a 72 horas, podendo ser mais curta em crianças. 
O especialista explicou que a enxaqueca é uma doença crônica de alto custo pessoal, social e econômico que é frequentemente tratada como uma simples dor de cabeça, não chegando a receber os medicamentos específicos e mais eficazes. “A enxaqueca é uma doença crônica caracterizada pela disfunção do córtex cerebral e do complexo trigêmino-vascular que precisa de tratamento adequado”, revelou.
Para Mauro Eduardo Jurno, o diagnóstico clínico para enxaqueca é baseado nos dados obtidos pela história clínica do paciente e por um exame neurológico normal.
“Os critérios de diagnóstico estão presentes em um documento chamado de Classificação Internacional das Cefaleias, no qual constam os critérios clínicos para o diagnóstico não só da enxaqueca, mas também de outras cefaleias”, esclareceu, ressaltando que, os fatores desencadeantes, são aqueles fatores que desencadeiam as crises de enxaqueca em pacientes suscetíveis. “A lista de fatores é formada por vários itens: alimentos, bebidas, jejum prolongado, falta ou excesso de sono”, observou.

O médico afirmou que é possível evitar as crises.

“O primeiro passo é identificar os fatores deflagradores das crises, através do uso de tratamentos que evitam ou diminuam a frequência das crises, os chamados de tratamento profilático”, explicou. Segundo ele, as crises são tratadas com medidas não farmacológicas, como repouso no leito, hidratação (se não houver vômitos), ambiente silencioso e tranquilo. “As medidas farmacológicas são divididas em analgésicos, anti-inflamatórios e triptanas, que são drogas específicas para tratar as crises de enxaqueca”, esclareceu.

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