FONTE: Da Redação, TRIBUNA DA BAHIA.
Com a eficiência de R$ 66,5 milhões, seis vacinas
terão seu público-alvo ampliado este ano: tríplice viral, tetra viral, dTpa
adulto e hepatite A, além de HPV e Meningocócica C.
Os
postos de saúde de todo o país já estão com o novo calendário de vacinação para
2017.
Neste
ano, foi ampliado o público-alvo de seis vacinas: tríplice viral, tetra viral,
dTpa adulto, HPV, Meningocócica C e hepatite A.
A
medida foi possível devido à economia de R$ 66,5 milhões, obtida pelo Ministério
da Saúde, a partir da negociação e redução de até 11% no valor da dose de três
vacinas: Hepatite A, HPV e dTpa.
A eficiência de gestão garantiu a ampliação da cobertura
vacinal e a aquisição de mais de 11,5 milhões de doses da vacina de febre
amarela.
“O Ministério da Saúde investe anualmente R$ 3,9 bilhões na compra de 300 milhões de doses de vacinas para proteger contra 20 tipos de diferentes de doenças. Estamos conseguindo negociar com os fornecedores, inclusive os laboratórios públicos, vacinas por um menor. Só em três vacinas, economizamos R$ 66,5 milhões, e com isso, conseguimos ampliar a vacinação para diversos grupos, como por exemplo, a vacina HPV para meninos.
“O Ministério da Saúde investe anualmente R$ 3,9 bilhões na compra de 300 milhões de doses de vacinas para proteger contra 20 tipos de diferentes de doenças. Estamos conseguindo negociar com os fornecedores, inclusive os laboratórios públicos, vacinas por um menor. Só em três vacinas, economizamos R$ 66,5 milhões, e com isso, conseguimos ampliar a vacinação para diversos grupos, como por exemplo, a vacina HPV para meninos.
Assim, vamos alcançar maior cobertura vacinal e mais
segurança de saúde para a população”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo
Barros.
A coordenadora do Programa Nacional de imunização (PNI), Carla Domingues, alertou para a necessidade da população ficar atenta às vacinas que estão disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde.
A coordenadora do Programa Nacional de imunização (PNI), Carla Domingues, alertou para a necessidade da população ficar atenta às vacinas que estão disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde.
“Não
adianta termos todas as vacinas preconizadas pelo Organização Mundial de Saúde
(OMS) disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), se a população não se
conscientizar da necessidade de manter a caderneta de vacinação atualizada”,
destacou Carla Domingues.
Para ela, “é preciso que a população brasileira passe a
considerar a vacinação como uma ação de família, não restrita apenas aos
cuidados com as crianças. Adolescentes e adulto também precisam manter esse
documento de vacinação atualizada e em dia”, ressaltou.
HEPATITE A – A vacina hepatite A passa a ser disponibilizada para crianças até 5 anos de idade.
Antes,
a idade máxima era até 2 anos. Essa vacina é altamente eficaz, com taxas de
soroconversão de 94% a 100%. Em países que adotaram o esquema de vacinação com
uma dose, houve controle da incidência da doença, principalmente em creches e
instituições semelhantes, proporcionando proteção de rebanho para a população
geral.
Além disso, estudos também têm demonstrado que, em cerca de
95% dos vacinados, há produção de anticorpos em níveis protetores, quatro
semanas após a vacinação com uma dose.
TETRA VIRAL (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
Em
2017, para as crianças, há ampliação da oferta da vacina tetra viral,
passando a ser administrada de 15 meses até quatro anos de idade. Antes era
administrada na faixa etária de 15 meses a menor de dois anos de idade.
O
Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a
tríplice viral (sarampo, Caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (primeira
dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela).
Vale reforçar que em países que adotaram esquema de uma
dose contra varicela (semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número
total de casos da doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados.
HPV .
Também
será ofertada, a partir de 2017, a vacina HPV para meninos. Desde 2014, a
vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos. Agora, o público-alvo
incluirá também meninas de 14 anos.
Ainda para este ano, além dos meninos, a vacina
também será oferecida para homens vivendo com HIV e aids entre 9 e 26 anos de
idade, e para imunodeprimidos, como transplantados e pacientes oncológicos.
Desde 2015, as mulheres (9 e 26 anos) que vivem com HIV/Aids recebem a vacina.
MENINGOCÓCICA C.
O
Ministério da Saúde também passou a disponibilizar a vacina meningocócica
C (conjugada) para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária será ampliada,
gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos
até 13 anos.
A meta
é vacinar 80% do público-alvo, formado por 7,2 milhões de adolescentes. Além de
proporcionar proteção aos adolescentes, a ampliação alcançará o efeito protetor
da imunidade de rebanho; ou seja, a proteção indireta das pessoas não vacinadas.
O esquema vacinal para esse público será de um reforço ou
uma dose única, conforme a situação vacinal.
dTpa ADULTO.
A vacina adsorvida difteria, tétano e
pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser recomendada para as
gestantes a partir da 20ª semana de gestação.
As
mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação,
devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível.
Com essa medida, o Ministério da Saúde busca garantir que
os bebês possam nascer protegidos contra a coqueluche, por conta dos anticorpos
que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença
até que completem o esquema de vacinação com a vacina penta, o que só ocorre
aos seis meses de idade.
Apesar da vacina dTpa poder ser aplicada no puerpério, é importante ressaltar que esta estratégia só deve ser realizada como última opção, pois ao se vacinar uma gestante após o parto, não haverá transferência de anticorpos para o feto, consequentemente, há diminuição da possibilidade de proteção das crianças contra a coqueluche nos primeiros meses de vida.
TRIPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola).
Outra
alteração se deu para a vacina tríplice viral, com a introdução da segunda
dose para a população de 20 a 29 anos de idade. Anteriormente, a segunda dose
era administrada até os 19 anos de idade.
Com
esta mudança, busca-se a correção da falha vacinal neste grupo e também
considera a situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos
têm acometido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nesta faixa
etária.
A
adoção do esquema de duas doses para esse grupo contribuirá na redução de casos
da doença.
Deste modo, duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola
passam a ser disponibilizadas para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade.
Para os adultos de 30 a 49 anos permanece a indicação de apenas uma dose de
tríplice viral.
VACINAS.
Atualmente
são ofertadas gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), beneficiando todas as
faixas etárias.
Por ano, são disponibilizados pela rede pública de saúde de
todo o país, cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos para combater
mais de 20 doenças.
Em 2016, o investimento do Ministério da Saúde na oferta de vacinas foi de R$ 3,9 bilhões um crescimento de 225% na comparação com o ano de 2010, quando foi investido R$ 1,2 bilhão. Para 2017 está previsto um investimento de R$ 3,9 bilhões.
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