Desculpe se vamos
estragar seus planos para o fim de semana, mas o consumo excessivo de álcool é
reconhecidamente um fator de risco para diversas doenças, como câncer.
E cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Nova York (EUA)
descobriram que o surgimento de alguns tumores pode estar associado a
alterações na população de micro-organismo da nossa boca provocadas pela
bebida.
De acordo com a pesquisa
publicada nesta semana no periódico Microbiome, há mais de 700 espécies
de bactérias, fungos e vírus que colonizam a cavidade bucal -- coletivamente
chamados de microbioma oral.
Esses pequenos seres
participam de importantes funções do organismo, como a digestão de nutrientes,
a resposta imunológica e o metabolismo de substâncias carcinogênicas
--que podem provocar ou estimular o aparecimento de cânceres.
Para entender os
efeitos da ingestão alcoólica no microbioma oral, os pesquisadores observaram
1044 americanos adultos saudáveis. Os cientistas descobriram que os
"bebedores excessivos" possuem uma redução abundante no número
de bactérias benéficas à saúde (como lactobacilos) e um aumento de
micro-organismo prejudiciais ao organismo.
"Evidências
mostram que esse desequilíbrio (disbiose) do microbioma tem potencial para
gerar tumores na cabeça, no pescoço e sistema gastrointestinal, além de
problemas cardíacos e bucais", afirmam os autores do trabalho
científico.
Foram considerados
bebedores excessivos mulheres que tomam uma ou mais dose de cerveja, vinho ou
licor por dia; e homens que ingerem duas ou mais. Os pesquisadores acreditam
que zerar ou reduzir esse consumo pode reverter as alterações nos grupos de
bactérias de boca e evitar os danos trazidos por isso.
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