Carmelita foi 36ª
mulher morta este ano em Salvador e RMS; marido foi preso em flagrante por
feminicídio.
Carmelita Rosa Topázio
Barbosa, 57 anos, morta com golpes de marreta pelo próprio marido
neste domingo (29), foi a 36ª mulher vítima de Crimes
Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em Salvador e Região Metropolitana
este ano. Os dados são do boletim de ocorrências da Secretaria de Segurança
Pública da Bahia (SSP-BA). Ela era natural da cidade de Muritiba, no Recôncavo
Baiano, e era funcionária do banco Bradesco. Ela também havia trabalhado no
extinto Banco do Estado da Bahia (Baneb). A informação foi confirmada pelo
Sindicato dos Bancários da Bahia.
Segundo Adelmo Andrade,
diretor de imprensa do Sindicato, a morte de Carmelita foi lamentada entre
colegas de trabalho. Uma das colegas de Carmelita, inclusive, chegou a ir até o
Instituto Médico Legal (IML) neste domingo ao saber da morte da amiga, mas não
conseguiu reconhecer o corpo.
O crime aconteceu no
Caminho das Árvores, bairro de classe média de Salvador. Segundo informações da
SSP-BA, policiais da 35ª Companhia Independente da Polícia Militar
(CIPM/Iguatemi) receberam um chamado através do telefone 190 e, ao chegarem ao
local, um apartamento na Rua do Benjoim, prenderam em flagrante José Sampaio
Barbosa, 63 anos. A marreta usada no crime foi apreendida. O filho do casal, de
30 anos, também ficou ferido. Ele deverá ser indiciado pelo crime de
feminicídio.
José Barbosa, que é
natural de Cabaceiras do Paraguaçu, também no Recôncavo, foi funcionário da
Petrobras. Nas redes sociais, ele mantém uma foto da família. De acordo com
porteiros de prédios vizinhos ao local onde ocorreu o crime, o casal costumava
passear junto pelo bairro.
"Era muito
educada, nunca deixava de nos dar um bom dia. Tinha uma vida ativa, passeava
ali pela praça e passava aqui pela frente direto. Muito triste", disse ao
CORREIO Ailton Nunes, porteiro de um dos prédios da rua onde a família morava.
Após ser preso em
flagrante pelo crime de feminicídio, José Barbosa foi encaminhado ao
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em casos de prisão em
flagrante, o preso passa por uma audiência de custódia em até 24 horas, onde um
juiz determina se ele permanecerá preso ou não. Não há informações se a
audiência de José Barbosa já tinha acontecido até o final da noite de domingo
(29).
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