De janeiro a abril de
2018, o Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) notificou 11 casos
suspeitos, dentre os quais um foi confirmado e não houve óbito.
Mesmo com o aumento das
chuvas em Salvador, o número de casos de leptospirose teve uma redução este
ano, em comparação ao mesmo período de 2017. De janeiro a abril de 2018, o
Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) notificou 11 casos suspeitos,
dentre os quais um foi confirmado e não houve óbito. No mesmo período do ano
anterior, houve 27 notificações com oito confirmações da doença e dois óbitos.
No entanto, a
coordenadora do Programa Municipal de Controle de Leptospirose do CCZ, Ana
Virgínia Rocha, recomenda à população que continue em alerta, principalmente
nesse período chuvoso que se estende até junho. “O número de casos aumenta
nesses meses por conta dos alagamentos. A doença é causada pelo contato da pele
com microorganismos pertencentes ao gênero leptospira, presentes na urina do
rato. A água empoçada facilita o contágio”, explica.
O distrito sanitário
com maior incidência da doença é o Subúrbio Ferroviário, seguido por Pau da
Lima e Cabula/Tancredo Neves. Esse ano, o bairro com maior incidência foi
Periperi. Em todo o ano de 2017, 101 casos suspeitos da doença foram
notificados nas unidades de saúde, dentre os quais 40 foram confirmados com
cinco óbitos. No ano passado, cinco localidades ficaram em evidência: Paripe,
Coutos, Periperi, Rio Vermelho e Tancredo Neves.
Para reduzir os riscos
de contaminação, o CCZ realiza diariamente a aplicação de raticida em
diferentes bairros da cidade. As intervenções químicas são divididas em três
ciclos e são intensificadas no período chuvoso, com foco nas áreas de
deslizamento e alagamento.
Medidas preventivas.
A população também pode
ajudar com ações que afastam os roedores. Dentre as medidas estão manter
quintais e jardins limpos; evitar acúmulo de lixo doméstico, entulho e
materiais inservíveis; manter os alimentos em recipientes bem fechados; guardar
o lixo em sacos bem fechados até o momento da coleta; fechar as frestas de
portas, janelas e ralos e não andar descalço, principalmente em locais com
possível presença de roedores.
Se a casa foi vítima de
alagamento, o morador deve usar botas e luvas e, em último caso, plásticos
amarrados nas mãos e nos pés. Após as águas baixarem, é preciso retirar a lama
e desinfetar pisos, paredes e bancadas com água sanitária. Ana Virgínia explica
que, antes de ser aplicada, a água sanitária precisa agir por 15 minutos
dissolvida em água para que a limpeza tenha o efeito esperado.
Sintomas.
A leptospirose é uma
doença infecciosa, mas não é transmitida de uma pessoa para outra. Os sintomas
comuns são febre, dor muscular (principalmente na panturrilha), vômito,
diarreia, dor de cabeça, calafrio, alterações do volume urinário, conjuntivite,
icterícia (amarelidão na pele) e episódios de hemorragia. Quem apresenta esses
sintomas tem que procurar imediatamente uma unidade de saúde mais próxima.
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