Cientistas da Icahn School of Medicine Monte Sinai, Nova York
(EUA), publicaram uma extensa análise de novos compostos derivados de
uva, chamados ácido dihidrocaffeico (DHCA) e malvidina-3'-O-glucósido (Mal
-gluc), que podem funcionar como agentes terapêuticos no tratamento da
depressão. Os resultados do estudo indicam que ambos podem atenuar a depressão ao agir
em mecanismos subjacentes recentemente descobertos da doença.
Trabalhos anteriores relatam que os polifenóis, compostos derivados da
uva, possuem alguma eficácia em aspectos moduladores da depressão, mas os
mecanismos que faziam isso eram desconhecidos parcialmente até o momento. No
novo estudo, liderado por Giulio Maria Pasinetti e equipe, descobriu-se que uma
preparação de polifenóis alimentares bioativos foi eficaz na promoção da
resiliência contra a depressão induzida pelo estresse. O teste foi feito em
camundongos.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados
Unidos, a cada ano cerca de 16 milhões de pessoas têm um grande episódio
depressivo no país. Os antidepressivos disponíveis no mercado são feitos para
direcionar os sistemas que regulam a serotonina, a dopamina e outros
neurotransmissores relacionados, mas não tratam especificamente da inflamação e
desadaptações sinápticas que agora são conhecidas como associadas a doença.
"Nossa pesquisa mostra que o tratamento combinado com os dois
compostos pode promover a resiliência contra fenômenos de depressão causados
pelo estresse, oferecendo respostas inflamatórias sistêmicas e plasticidade
sináptica cerebral ratos", explicou Jun Wang, PhD, professor associado do
Departamento de Neurologia e primeiro autor do trabalho ao Eurekalert.
Mecanismos
alternativos.
O estudo Mount Sinai fornece, pela primeira vez, novas evidências
pré-clínicas que apoiam o direcionamento de múltiplos mecanismos de doenças
chave através da modificação epigenética do DNA funcionaria para o tratamento
de pessoas com a doença.
"A descoberta destes novos e naturais compostos de polifenóis
derivados da uva direcionados para caminhos celulares e moleculares associados
à inflamação podem fornecer uma maneira eficaz de tratar depressão e ansiedade,
condições que afetam tantas pessoas", disse o Dr. Pasinetti.
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