Um novo estudo publicado neste mês
no British Journal of Surgery defende que a música é benéfica
para o alívio da ansiedade e da dor de pacientes que passam por cirurgias.
Pesquisadores holandeses analisaram mais de 80 estudos cegos, controlados e randomizados sobre o uso de música antes, durante e depois de uma cirurgia invasiva. As pesquisas, que coletivamente envolveram mais de sete mil pacientes, foram publicadas entre 1980 e 2016 e comparavam as percepções dos pacientes sobre sua ansiedade e dor com as de um grupo de controle.
Ao todo, eles descobriram que ouvir música esteve associado com menores taxas de ansiedade e dor, independentemente do tipo de cirurgia realizada, a idade ou o gênero do paciente ou quando a música foi tocada. Em comparação com o grupo de controle, houve uma média de diminuição de 21 pontos em uma escala de 1 a 100 de ansiedade; e uma queda de dez pontos na mesma escala, mas para dor. As baixas foram ainda mais profundas quando as taxas de patamar de dor e ansiedade foram comparadas com as avaliações depois de ouvir umas batidas maneiras.
Dito isso, houve diferenças sutis na eficácia da música, dependendo do momento em que ela era tocada e de outros fatores.
O efeito sobre a ansiedade foi maior quando ela era tocada antes da operação, por exemplo, enquanto, para a dor, as maiores quedas nos índices foram observadas ao tocar a música depois das cirurgias. Houve também um efeito ligeiramente melhor quando músicas escolhidas pelos pacientes foram usadas, embora o número pequeno de estudos que exploraram esse aspecto torne difícil garantir alguma influência nisso.
"Além da preferência musical individual, características específicas da intervenção musical, como ritmo e harmonia, e o uso de instrumentos específicos, como os de corda, também parecem importantes na redução da ansiedade e da dor", escrevem os autores.
É provável que ao menos parte, se não grande parte, do alívio que a música oferece em relação à dor e à ansiedade em procedimentos cirúrgicos seja um efeito placebo, embora possa ser usado para o bem. Os pacientes também podem ter se distraído demais com as músicas para pensar em dor ou estresse. Mas os autores dizem que esse não pode ser o panorama completo, já que mesmo a música tocada durante as cirurgias, quando os pacientes estavam completamente inconscientes, pareceu estar associada com o alívio da dor.
Muitas salas de operação hoje contam com trilha sonora para cirurgias (normalmente músicas relaxantes), mas existe, há muito tempo, um debate sobre se os benefícios potenciais da reprodução de músicas tanto para os pacientes quanto para os médicos compensa as desvantagens, como, por exemplo, cirurgiões distraídos. Os autores dizem que suas descobertas, juntamento com outras pesquisas, devem definir a resposta para a pergunta em torno da possibilidade de a música ser formalizada como uma intervenção fácil e de baixo custo para pacientes que são operados.
Conforme afirmou em um comunicado a autora principal do estudo, a Dra. Rosalie Kühlmann, cirurgiã pediátrica do Hospital Infantil Erasmus MC-Sophia, na Holanda, "esse resultado torna possível criar diretrizes para a implementação de intervenções musicais em torno de procedimentos cirúrgicos".
Pesquisadores holandeses analisaram mais de 80 estudos cegos, controlados e randomizados sobre o uso de música antes, durante e depois de uma cirurgia invasiva. As pesquisas, que coletivamente envolveram mais de sete mil pacientes, foram publicadas entre 1980 e 2016 e comparavam as percepções dos pacientes sobre sua ansiedade e dor com as de um grupo de controle.
Ao todo, eles descobriram que ouvir música esteve associado com menores taxas de ansiedade e dor, independentemente do tipo de cirurgia realizada, a idade ou o gênero do paciente ou quando a música foi tocada. Em comparação com o grupo de controle, houve uma média de diminuição de 21 pontos em uma escala de 1 a 100 de ansiedade; e uma queda de dez pontos na mesma escala, mas para dor. As baixas foram ainda mais profundas quando as taxas de patamar de dor e ansiedade foram comparadas com as avaliações depois de ouvir umas batidas maneiras.
Dito isso, houve diferenças sutis na eficácia da música, dependendo do momento em que ela era tocada e de outros fatores.
O efeito sobre a ansiedade foi maior quando ela era tocada antes da operação, por exemplo, enquanto, para a dor, as maiores quedas nos índices foram observadas ao tocar a música depois das cirurgias. Houve também um efeito ligeiramente melhor quando músicas escolhidas pelos pacientes foram usadas, embora o número pequeno de estudos que exploraram esse aspecto torne difícil garantir alguma influência nisso.
"Além da preferência musical individual, características específicas da intervenção musical, como ritmo e harmonia, e o uso de instrumentos específicos, como os de corda, também parecem importantes na redução da ansiedade e da dor", escrevem os autores.
É provável que ao menos parte, se não grande parte, do alívio que a música oferece em relação à dor e à ansiedade em procedimentos cirúrgicos seja um efeito placebo, embora possa ser usado para o bem. Os pacientes também podem ter se distraído demais com as músicas para pensar em dor ou estresse. Mas os autores dizem que esse não pode ser o panorama completo, já que mesmo a música tocada durante as cirurgias, quando os pacientes estavam completamente inconscientes, pareceu estar associada com o alívio da dor.
Muitas salas de operação hoje contam com trilha sonora para cirurgias (normalmente músicas relaxantes), mas existe, há muito tempo, um debate sobre se os benefícios potenciais da reprodução de músicas tanto para os pacientes quanto para os médicos compensa as desvantagens, como, por exemplo, cirurgiões distraídos. Os autores dizem que suas descobertas, juntamento com outras pesquisas, devem definir a resposta para a pergunta em torno da possibilidade de a música ser formalizada como uma intervenção fácil e de baixo custo para pacientes que são operados.
Conforme afirmou em um comunicado a autora principal do estudo, a Dra. Rosalie Kühlmann, cirurgiã pediátrica do Hospital Infantil Erasmus MC-Sophia, na Holanda, "esse resultado torna possível criar diretrizes para a implementação de intervenções musicais em torno de procedimentos cirúrgicos".
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