FONTE:, https://vivabem.uol.com.br
Apelidado de
"colesterol bom", o HDL é conhecido por evitar o acúmulo de placas de
gordura nos vasos sanguíneos e proteger o coração. Por isso, o recomendado é
sempre manter um nível elevado da substância no organismo --o que pode ser
feito com a prática regular de exercícios e alimentos fonte de ômega-3, como
azeite, salmão, sardinha e linhaça.
Porém, um novo estudo publicado no European
Heart Journal apontou que pessoas com taxa de HDL elevada no organismo
têm risco 43% maior de sofrerem uma doença infecciosa --como pneumonia e
gastroenterite --, quando comparadas a indivíduos com nível considerado normal.
É importante ressaltar que em voluntários com HDL baixo esse risco foi 75%
maior.
"Surpreendentemente,
nós descobrimos que tanto o nível elevado quanto o baixo de colesterol HDL
gera um grande perigo de hospitalização por causa de infecções",
afirmou Børge Nordestgaard cientista da Universidade de Copenhague (Dinamarca)
e um dos autores do estudo. "E os dois grupos têm alto risco de morrer
por causa dessas doenças", completou.
No trabalho científico,
que comparou o histórico de internação por infecções e o colesterol bom de mais
de 100.00 pessoas, foi considerado nível baixo de HDL menos de 31 mg/dl; e
elevado acima de 100 mg/dl. Esse taxa alta e colesterol bom não é fácil de
ser alcançada: somente 8% dos indivíduos a apresentaram -- enquanto 21% tinham
HDL abaixo do normal.
Os autores afirmam que
são necessários novos estudos para entender exatamente como o colesterol bom
aumenta o risco de doenças infecciosas e se o excesso da substância gera algum
impacto negativo no sistema imunológico --principalmente porque, até então,
trabalhos feitos em animais e em células mostraram o contrário.
"O resultado
indica que futuras pesquisas sobre as funções do HDL no organismo não devem
apenas focar em problemas cardiovasculares e também necessitam olhar para
outras doenças que podem estar associadas à substância", acredita
Nordestgaard.
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