É por volta dos 45 aos
55 anos, em média, que muitas mulheres começam a sentir os primeiros efeitos do
fim da produção dos hormônios progesterona e estrogênio, que indicam a proximidade
da menopausa. Além dos calorões, da dificuldade para dormir e das mudanças de
humor, entre outros sintomas, o sinal de alerta acontece quando os ciclos
menstruais começam a ficar irregulares até cessarem completamente, o que ocorre
aproximadamente após um ou dois anos.
Nesta fase de
transição, conhecida como climatério, ainda há a alteração dos hormônios
Folículo Estimulante (FSH) e Luteinizante (LH), o que na prática é sinônimo de
várias mudanças no organismo feminino, fazendo com que as mulheres comecem a
pensar na reposição hormonal, assunto que, no entanto, ainda gera muitas
dúvidas entre elas.
Segundo o ginecologista
do Hospital Pilar Vicente Letti Júnior além da função reprodutiva, os hormônios
progesterona e estrogênio também são responsáveis por manter outros tecidos do
corpo, interferindo até mesmo no funcionamento do cérebro.
“Devido à falta desses
hormônios a menopausa traz um risco maior de desenvolver, por exemplo, a
osteoporose, além de provocar mais chances de infarto e AVC (acidente vascular
cerebral), o popular derrame. Outros problemas possíveis são a dificuldade no
sono, a irritabilidade e a diminuição da libido e da resistência muscular”,
destaca.
Reposição.
Para amenizar esses
sintomas, a indicação do especialista é a terapia de reposição hormonal (TRH).
O tratamento é feito por um tempo determinado, em média de três a 10 anos,
variando conforme a necessidade de cada mulher. Entre as formas de tratamento
utilizadas atualmente estão comprimidos, adesivos, géis e implantes de
progesterona. E ainda há a indicação da pílula anticoncepcional.
“Para algumas mulheres
não é indicada a TRH por causar mais malefícios do que benefícios para a saúde.
Nesses casos indicamos medicamentos fitoterápicos, dietas e exercícios físicos,
para citar alguns exemplos”, destaca o ginecologista.
Sem sofrimento.
Apesar de causar medo e
ansiedade em muitas mulheres que entram nessa faixa etária, segundo o médico,
nem sempre existe sofrimento com chegada da menopausa. “Não podemos dizer que
os incômodos são os mesmos para todas. Algumas sentem mais essas mudanças, porém,
para outras, essa não pode ser caracterizada como uma fase incômoda. A
menopausa não é um malefício, e sim, uma etapa que precisa de equilíbrio e
cuidados, como todas as outras, para garantir uma qualidade de vida melhor”,
conclui Letti.
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