Nada. Desde
pequena, a cobra possui na ponta um anel oco de queratina. Quando ela faz sua
troca de pele (de três a quatro vezes por ano, em média), um novo anel cresce,
mas o antigo não é descartado. Em vez disso, ele permanece na ponta do animal.
Conforme a cobra envelhece, os anéis vão sendo substituídos e se encaixam nos
que vieram antes, de modo que o chocalho – ou guizo – aumenta de tamanho. O som
característico, que lembra muito o emitido pelo instrumento musical, é
produzido pelo rápido e constante choque entre as camadas de queratina quando a
cobra agita o rabo.
A pontinha do chocalho
é menor porque os anéis mais antigos foram criados quando a serpente era jovem
e pequena – mas o animal pode perder parte dos anéis ao longo da vida em
decorrência de ataques de predadores. Ah, e vale dizer: a ideia de que o número
de anéis indica a idade da cobra é mito. As trocas de pele são influenciadas
por questões como ambiente, saúde, idade, clima e alimentação.
*** CONSULTORIA Giuseppe
Puorto, biólogo e diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan.
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