Dona Geni, que não
sabia de nada, recebeu uma ligação do filho, à tarde, contando que a história
sairia na TV.
"Estou dirigindo. Se você não me ouvir bem, te ligo daqui a
pouco", avisa a ginasta Daniele Hypolito, enquanto guia até a farmácia
para comprar uma caixa de Lexotan para a mãe, Dona Geni, de 61 anos. "Ela
tem pressão alta e precisa manter a calma. Está com o coração em pedacinhos
desde ontem (quando o outro filho famoso, Diego, declarou ao Jornal Nacional
ter sido assediado por ginastas mais velhos, dos 8 aos 11 anos, com a
conivência de treinadores, e obrigado a pegar uma pilha com o ânus).
Dona Geni, que não sabia de nada, recebeu uma ligação do filho, à tarde,
contando que a história sairia na TV. "Já eu estava em São Paulo a
trabalho e só fiquei sabendo de tudo quando a matéria foi ar", diz.
"Fiquei com os olhos cheios d’água. Senti culpa de não ter percebido
nada", completa a ginasta de 33 anos. Para ela, nenhum dos episódios de
assédio moral que sofreu nos ginásios (como, por exemplo, ter sido privada de
beber água) se compara ao que o irmão passou. "Não faz sentido falarmos de
mim agora, temos que olhar pro Diego e para todos os atletas que estão
revivendo toda a tragédia ao expô-la para o país". Certa ela.
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