"Você quer engravidar? Então, precisa tomar ácido fólico!".
Esse é um conselho que provavelmente sua mãe, sua vó e várias outras mulheres
já ouviram quando planejaram ter um bebê. A recomendação, inclusive, pode até
ter sido feita por um médico. Só que o objetivo do especialista ao indicar o
suplemento não era aumentar a fertilidade e facilitar a gravidez, como muitos
acreditam.
Ácido fólico não ajuda
a engravidar.
Até o momento (há estudos em andamento), não foi comprovado
cientificamente que a substância tenha interferência na fertilidade da mulher
ou no aumento de gestação múltipla, como muitos acreditam. O que se sabe é que
não beber, não fumar, controlar o estresse, fazer exercícios, manter uma
alimentação saudável e evitar o sobrepeso contribuem para a fertilidade da mulher --e também do homem.
Por que as futuras mães
precisam do nutriente?
O ácido fólico é a forma sintética do nutriente folato (vitamina B9),
encontrado naturalmente em alimentos de folhas verde-escuras (espinafre, couve
e rúcula), no abacate, no feijão, na ervilha, na carne, no ovo e no leite. A
substância é de fundamental importância para a formação adequada do tubo neural
do feto --que se converte na medula espinhal e no cérebro do bebê.
Como e quando tomar o
ácido fólico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, para garantir a boa
saúde do bebê, as mulheres devem consumir de 0,4 mg a 0,8 mg de folato cerca de
três meses antes de engravidar até a 12ª semana de gestação. Como essa
quantidade nem sempre é obtida pela alimentação, muitos médicos recomendam o consumo
diário de suplemento ácido fólico.
O complemento vitamínico não deve ser tomado sem orientação de um
especialista. Vale dizer que a substância não previne aborto ou evita doenças
ou alterações genéticas, como síndrome de Down.
*** Fontes: Leila Correa, médica
ginecologista do Hospital Sírio-Libanês; Júlio Eduardo Gomes Pereira, médico
ginecologista e membro da Comissão de Assistência Pré-Natal da Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); e Jairo
Iavelberg, médico ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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