Você se esforça para
comer menos, corta os doces do cardápio, vai à academia toda semana, mas, ao se
pesar no fim da semana, nada de perder peso? Vale a pena verificar se você tem
dormido o sono dos justos. Isso mesmo. Vários estudos já mostraram a ligação
entre dormir mal e acumular mais gordura ao redor da cintura. Agora, um estudo
recém-publicado no International Journal of Obesity mostra que
quem dorme pouco ou tem o sono interrompido tem mais dificuldade de perder peso
do que pessoas que descansam o suficiente, mesmo seguindo um programa de
emagrecimento.
A maioria dos adultos
precisa de pelo menos sete horas de sono para se sentir bem durante o dia, mas
muita gente não consegue atingir esse ideal de maneira constante. Nos EUA,
pesquisas mostram que 36% da população acorda cansada sempre.
A pesquisa coordenada
por uma equipe da Universidade Rovira i Virgili, na Espanha, analisou as
mudanças no peso e em medidas de gordura corporal e saúde de 1.986 pessoas que
também tiveram seu sono monitorado. Todos os participantes seguiram uma dieta
mediterrânea com baixo teor de calorias, além de um programa de atividade
física e apoio comportamental.
Os indivíduos que
tinham um sono irregular, ou seja, que não dormiam o mesmo número de horas
todas as noites, perderam menos peso, segundo os resultados. Os participantes
que apresentaram maior redução de Índice de Massa Corporal (IMC) e
circunferência abdominal foram justamente os que tinham um padrão regular e
dormiam uma média de 7 a 9 horas por noite.
Os autores ressaltam
que a epidemia de obesidade e síndrome metabólica que assola o mundo coincide
com um aumento dos distúrbios do sono. Dormir mal não só leva ao aumento do
peso como também afeta a circulação, a memória, o humor e até mesmo as relações
sociais. Por isso, não se esqueça: ir para a cama não é perder tempo, e sim
investir em qualidade de vida.
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