FONTE: Gabriel Sawaf -
especial para a Gazeta do Povo com Redação Tribuna, https://www.tribunapr.com.br
Para o Corpo de
Bombeiros, os síndicos deveriam proibir os trabalhos de impermeabilização de
sofás dentro dos apartamentos. A recomendação é feita pelo major Eduardo
Pinheiro, subcomandante da corporação em Curitiba, após a explosão
de um apartamento no bairro Água Verde, na manhã do último sábado (29),
durante um serviço do tipo. Um menino de 11 anos morreu e outras três pessoas
ficaram gravemente feridas com o acidente.
A explosão teria
acontecido justamente porque o tipo de impermeabilização realizado usava um
componente altamente inflamável. A fonte de ignição que teria iniciado o
incêndio e, consequentemente, a explosão ainda está sendo investigada pela
Polícia Civil através da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam).
“Eu diria que o síndico
deve proibir atualmente porque está comprovado o risco”, afirmou o major em
entrevista ao jornal Boa Noite Paraná, da RPC. “Não podemos esperar
que aconteça um próximo para que alguém tome uma medida, que pode ser feita
agora”. Segundo ele, o foco tem que ser a preservação da vida dos moradores.
Apesar da ideia de que
bastar abrir as janelas do imóvel para diminuir os riscos durante o
procedimento, Pinheiro garante que não há uma maneira totalmente segura de
fazer esse tipo de impermeabilização dentro de residências. “Não há níveis
seguros e isto fica comprovado, não somente com os casos que já aconteceram no
Paraná, mas em outros lugares do Brasil. Aquela recomendação de ventilar o
ambiente, deixar a janela, não é o suficiente para evitar que aconteça uma
tragédia”, destaca.
A preocupação em
prédios se torna maior porque o risco de um acidente pode atingir mais pessoas
do que quem vive no imóvel. “Quando nós falamos de condomínios, a nossa atitude
se reflete sobre a coletividade. É preciso uma preocupação muito maior do
síndico, inclusive de proibir que se faça esse tipo de atividade com líquidos
inflamáveis”, ressalta o major.
Já em entrevista
ao Meio Dia Paraná, também da RPC, a advogada do Sindicato da
Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), reforça que os síndicos devem
estar atentos a essa situação. “O condomínio pode exigir quais equipamentos
serão apresentados. Como se trata de produto químico, teria que ficar até
atento, cobrar uma autorização de algum órgão responsável”, indica.
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