A Universidade de São
Paulo (USP) por meio de acordo tripartite assinado pelo Instituto Pasteur e
pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), inaugurou ontem (5) a Plataforma
Científica Pasteur-USP no Centro de Inovação na zona oeste da capital paulista.
A plataforma conta com
um conjunto de 17 laboratórios do renomado instituto francês voltados à
pesquisa de agentes patogênicos - organismos capazes de causar doenças
infecciosas em seu hospedeiro - emergentes, cujas infecções podem provocar
danos no sistema nervoso central, como os vírus zika, dengue, febre amarela, e
influenza.
"A ideia principal
é uma estratégia científica voltada, principalmente, à descoberta de soluções
para agentes que causam epidemia, como o vírus zika, dengue, mayaro",
disse a pesquisadora Paola Minoprio, diretora de pesquisa do Instituto Pasteur
e coordenadora da plataforma, junto com o professor Luiz Carlos Ferreira,
diretor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
De acordo com a
diretora, a escolha da USP se deu em razão das pesquisadas realizadas pela
universidade e da proximidade dos estudos desenvolvidos pelas duas
instituições. "As linhas de pesquisa do Pasteur são muito semelhantes às
do ICB e os dois institutos já desenvolvem projetos colaborativos". De
acordo com a USP, os institutos têm em comum pesquisas nas áreas de imunologia,
biologia celular, microbiologia e parasitologia.
A plataforma,
financiada parcialmente pelo governo francês, conta com 1.700 m² de área total,
onde irão funcionar os 17 laboratórios. Destes, quatro são destinados a um
nível maior de segurança, chamados "biossegurança nível 3", em uma
escala de um a quatro. As salas possuem 200 m² e cada uma é composta de três
câmaras pressurizadas, garantindo o controle da pressão presente para evitar a
contaminação do ambiente externo.
O Instituto Pasteur
possui atualmente 33 centros de pesquisa em 26 países, integrantes da Rede
Internacional do Instituto Pasteur.
Nenhum comentário:
Postar um comentário