Para
a psicanalista Angela Vilella, nosso grau de paciência está diretamente ligado
com a relação que a gente estabelece com o tempo.
A gente passa a vida
inteira ouvindo que a pressa é inimiga da perfeição. Mas quantas vezes nos
deixamos levar pela impaciência e, por causa dela, tomamos decisões erradas,
falamos o que não deveríamos ou até perdemos a cabeça porque a fila do
supermercado não anda ou o ônibus que esperamos não chega nunca? No mercado de
trabalho, a falta de capacidade para esperar o momento certo pode nos fazer
perder oportunidades valiosas:
— A impaciência
obriga as pessoas a buscarem apenas os resultados imediatos, o que as impede de
pensar a longo prazo. É necessário planejar e saber quais potencialidades
desenvolver para avançarmos no trabalho. A impaciência destrói essa
possibilidade — explica a gerenciadora de carreira e de imagem Patrícia Dalpra.
Para a psicanalista
Angela Vilella, nosso grau de paciência está diretamente ligado com a relação
que a gente estabelece com o tempo. E a forma com que lidamos com ele mudou
radicalmente com as novas tecnologias. A correria do dia a dia acabou
encurtando nosso tempo livre e acelerando nosso relógio interno. Ou seja,
vivemos em constante regime de urgência.
— O problema é que, se
você não encontrar uma brecha de tranquilidade, certamente vai se atrapalhar.
Estar sob estresse contínuo, e com a sensação de que não está dando conta das
obrigações, pode provocar a impaciência.
Mas a impaciência, se
controlada, pode ter um lado positivo e funcionar como motivação.
— Às vezes ficamos
muito na zona do conforto. Nessas horas, uma impaciência bem dosada pode nos
tirar da inércia, detonar um movimento e nos ajudar a atingir outros patamares
— considera Patrícia.
Mas, como é possível
combater esse impulso, que muitas vezes faz com que a gente coloque tudo a
perder? A solução começa quando nos damos conta da necessidade de desconstruir
esse padrão.
— Praticar meditação e
ioga pode ser bastante útil nesse processo, porque atuam na concentração e no
esvaziamento da ansiedade. Outro caminho passa pela prática do exercício
físico, que ajuda a extravasar os excessos de energia. Por fim, a análise pode
oferecer ótimos resultados, já que provoca em nós um olhar mais apurado
sobre as nossas angústias — defende Angela.
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