Vários estudos
confirmam o valor da atividade física tanto como preventivo quanto como remédio
contra sintomas depressivos. Apesar disso, muita gente com o diagnóstico ainda
não leva essa mensagem a sério. A conclusão é de pesquisadores da Universidade
Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e do King`s College London, no
Reino Unido.
Depois de avaliar dados
de 49 pesquisas científicas, que envolveram quase 267 mil pessoas, eles
descobriram que o exercício é capaz de reduzir o risco de depressão em 17%,
mesmo depois de considerar fatores que poderiam interferir no resultado, como
idade, sexo ou tabagismo.
Em uma análise
anterior, que englobou 25 pesquisas e 1.500 indivíduos, os mesmos autores
identificaram um efeito antidepressivo significativo dos exercícios quando a
depressão já está instalada.
Os pesquisadores
explicam que a atividade física pode aumentar a eficácia do tratamento padrão,
baseado em psicoterapia e medicamentos. Apesar disso, eles perceberam que
muitos programas contra o transtorno deixam questões ligadas ao estilo de vida
de fora, ou seja: parte da culpa pode ser dos médicos.
Tudo indica que o
efeito positivo da atividade regular se deve à redução nos níveis de
inflamação, melhora da saúde celular e estímulo à regeneração de células no
cérebro, conforme explica o artigo publicado no Current Sports Medicine
Reports.
Mas existe um “porém”:
gostar dos exercícios é importante. Quem vai à academia só por obrigação, e
encara a malhação como tortura provavelmente não vai responder tão bem ao
“remédio”. Encontrar uma atividade que seja motivante para a pessoa nem sempre
é fácil, mas vale a pena fazer experiências, variar, buscar desafios e contar
com ajuda de amigos para não perder o entusiasmo.
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