FONTE:, Yuri Ferreira, https://www.msn.com/
Uma pesquisa da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) reforçou as fartas evidências
científicas de que o canabidiol (CBD), óleo retirado da maconha, é eficaz
para o tratamento de pacientes com epilepsia. O estudo, que
combinou testes in vitro com aplicação em pacientes, conseguiu
entender como o derivado da cannabis é capaz de reduzir drasticamente
as convulsões da epilepsia.
O Conselho Federal de
Medicina define que a única doença cujo tratamento pode ser feito com o CBD é a
epilepsia. Segundo as descobertas dos pesquisadores do Laboratório de
Neurofarmacologia do Departamento de Farmacologia da UFMG, o canibidiol ‘desliga’ o
interruptor que provocaria as convulsões. A ativação de uma proteína específica
diminui a atividade dos neurônios que causam os danos da epilepsia.
A ativação da PI3K e do
mTOR pelo canabidiol pode evitar o excesso de atividade de neurônios e impedir
convulsões graves e danos neuronais”, afirma Antônio
Carlos Pinheiro Oliveira, que assina a publicação, ao portal da UFMG. “Isso
reforça nosso entendimento de que o mecanismo de ação do canabidiol
é dependente dessa via de sinalização”, explica.
Aqui no Hypeness,
já contamos a história de Olívia Fogaça, filha do chefe Henrique Fogaça, que
faz um tratamento com o canabidiol para reduzir os
impactos de um raro tipo de epilepsia. Segundo os relatos de familiares, a
evolução da criança é significativo. Hoje, milhares de pessoas tem utilizado o
CDB como uma alternativa – e muitas vezes como a única opção – para tratar
quadros epiléticos.
A pesquisa da UFMG é um
passo importante para compreender os mecanismos de ação do canabidiol e joga
luz para novas descobertas sobre o tema. “Precisamos entender o
mecanismo de ação. Se entendermos o mecanismo de ação, podemos prever os
efeitos terapêuticos e talvez prever efeitos colaterais”, concluiu
Antônio.
– Grávida, Laura Neiva diz como canabidiol
ajuda em seu tratamento contra epilepsia
O estudo, que será
publicado na Neuropharmacology, volume 176, em outubro de 2020, sob o nome
de ‘Cannabidiol anticonvulsant effect is mediated by the PI3Kγ
pathway’ reforça evidências de que não há sentido em dificultar o
acesso à maconha medicinal no nosso país.
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