FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA)
Não há questão ambiental em jogo, mas sim uma disputa política. E toda vez que ela (a disputa política) se instala, o cidadão é literalmente, ignorado e prejudicado nos seus interesses. O embate com fins políticos eleitoreiros é o pior dele. O futuro pessoal de cada peça no tabuleiro sucessório passa a ser mais importante que o futuro da coletividade. Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco e sem parentes importantes (já acharam Belchior?), mas com massa encefálica suficiente para entender que há uma espécie de pirraça dos dirigentes dos chamados órgãos ambientais ligados do governo do Estado para solucionar problemas que devem ter pelo menos uma centena de saídas. Posso até estar enganado, mas a sensação é que há uma má vontade extrema com Salvador, uma raiva incontrolável e visível com as propostas da prefeitura da capital que mexam com a preservação da natureza, mesmo se dando todas as garantias que o impacto ambiental será mínimo ou nenhum. Não acredito que as supostas perseguições sejam determinadas pelo governador Jaques Wagner no sentido de paralisar o andamento dos trabalhos municipais, travando a administração. Wagner não tem (nunca teve, aliás) perfil ditatorial ou fascista.
O Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), através do seu diretor Júlio Rocha entendeu que não quer a implantação do projeto original da prefeitura sobre o fétido Canal do Imbuí, obra já em execução. Portanto, os serviços estão embargados. Júlio deu uma do bom moço e autorizou apenas o que achou conveniente. Se realizada na sua totalidade, a obra livraria os moradores locais (milhares) do mau cheio, da possibilidade de doença e de uma vizinhança nada agradável de ratos, muriçocas, baratas e outros bichinhos peçonhentos. Argumentos técnicos há mil, mas praticidade nenhuma.
Aliás, o Ingá botou para quebrar (a rima é proposital). Todos os canais, córregos, brejos e, quem sabe, esgotos a céu aberto não poderão sofrer quaisquer tipo de intervenção. Caberá a prefeitura recuperá-los. Não sei quanto custa para recuperar um canal de lama. Não tenho a menor ideia sobre o necessário para tornar perene um rio condenado há mais de 30, 50 anos. E até que ponto eles são verdadeiramente essenciais para manter os insetos vivos. Permito-me, inclusive, dizer que esses senhores sabichões também não fazem noção sobre o quanto se gastaria para a despoluição total dessa fedentina. Como defensor intransigente da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável, acho perfeitamente se compatibilizar uma coisa e outra.
Os homens do Ingá, do IMA, Ibama, Ministério Público tem dado alternativas surrealistas ( e assim mesmo quando o fazem) aqui e ali. No entanto, por ignorância, falta de conhecimento ou mesmo porque vivem uma realidade diferente da dos serem humanos de carne e osso, esquecem que Salvador é uma ilha pobre cercada por dívidas de todos os lados e mesmo assim ainda consegue manter os serviços básicos. Esses mesmos senhores não se dão ao trabalho de serem tão enérgicos com o governo do Estado, pressionando-o a abrir seus cofres para fazer o que a prefeitura, nas condições atuais, jamais vai fazer: bancar a recuperação de todos os esgotos em forma de rio (ou de rios em forma de esgoto que dá no mesmo). É capaz até deles dizerem que as atribuições do Estado são outras. Deixemos isso de lado. A propósito, deixemos tudo exatamente como está. Passo a torcer agora para que os Ingás, os IMAS e outros paladinos do meio ambiente continuem inflexíveis, radicais e arrogantes. Não só os que estão aí, mas também os que vierem sucedê-los. Teremos uma cidade imunda, fedorenta, insuportável. E uma comunidade alérgica, doente, morta-viva. Aí, quem sabe, alguém se lembrará de tomar alguma decisão. Repito: Sinto-me mais responsável (responsável e comprometido) do que qualquer ambientalista com a manutenção do equilíbrio ecológico e todo ecossistema que mantenha intacta a natureza. Mas com lugar para o crescimento, o desenvolvimento e a elevação da qualidade de vida do ser humano. O sectarismo quando se mistura com as ambições políticas transforma-se naquilo que vimos diariamente boiando nos canais, córregos e valetas que sequer estejam presentes no nosso dia a dia, provavelmente para testar o quanto andam os nossos cinco sentidos, sobretudo o olfato.
Não há questão ambiental em jogo, mas sim uma disputa política. E toda vez que ela (a disputa política) se instala, o cidadão é literalmente, ignorado e prejudicado nos seus interesses. O embate com fins políticos eleitoreiros é o pior dele. O futuro pessoal de cada peça no tabuleiro sucessório passa a ser mais importante que o futuro da coletividade. Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco e sem parentes importantes (já acharam Belchior?), mas com massa encefálica suficiente para entender que há uma espécie de pirraça dos dirigentes dos chamados órgãos ambientais ligados do governo do Estado para solucionar problemas que devem ter pelo menos uma centena de saídas. Posso até estar enganado, mas a sensação é que há uma má vontade extrema com Salvador, uma raiva incontrolável e visível com as propostas da prefeitura da capital que mexam com a preservação da natureza, mesmo se dando todas as garantias que o impacto ambiental será mínimo ou nenhum. Não acredito que as supostas perseguições sejam determinadas pelo governador Jaques Wagner no sentido de paralisar o andamento dos trabalhos municipais, travando a administração. Wagner não tem (nunca teve, aliás) perfil ditatorial ou fascista.
O Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), através do seu diretor Júlio Rocha entendeu que não quer a implantação do projeto original da prefeitura sobre o fétido Canal do Imbuí, obra já em execução. Portanto, os serviços estão embargados. Júlio deu uma do bom moço e autorizou apenas o que achou conveniente. Se realizada na sua totalidade, a obra livraria os moradores locais (milhares) do mau cheio, da possibilidade de doença e de uma vizinhança nada agradável de ratos, muriçocas, baratas e outros bichinhos peçonhentos. Argumentos técnicos há mil, mas praticidade nenhuma.
Aliás, o Ingá botou para quebrar (a rima é proposital). Todos os canais, córregos, brejos e, quem sabe, esgotos a céu aberto não poderão sofrer quaisquer tipo de intervenção. Caberá a prefeitura recuperá-los. Não sei quanto custa para recuperar um canal de lama. Não tenho a menor ideia sobre o necessário para tornar perene um rio condenado há mais de 30, 50 anos. E até que ponto eles são verdadeiramente essenciais para manter os insetos vivos. Permito-me, inclusive, dizer que esses senhores sabichões também não fazem noção sobre o quanto se gastaria para a despoluição total dessa fedentina. Como defensor intransigente da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável, acho perfeitamente se compatibilizar uma coisa e outra.
Os homens do Ingá, do IMA, Ibama, Ministério Público tem dado alternativas surrealistas ( e assim mesmo quando o fazem) aqui e ali. No entanto, por ignorância, falta de conhecimento ou mesmo porque vivem uma realidade diferente da dos serem humanos de carne e osso, esquecem que Salvador é uma ilha pobre cercada por dívidas de todos os lados e mesmo assim ainda consegue manter os serviços básicos. Esses mesmos senhores não se dão ao trabalho de serem tão enérgicos com o governo do Estado, pressionando-o a abrir seus cofres para fazer o que a prefeitura, nas condições atuais, jamais vai fazer: bancar a recuperação de todos os esgotos em forma de rio (ou de rios em forma de esgoto que dá no mesmo). É capaz até deles dizerem que as atribuições do Estado são outras. Deixemos isso de lado. A propósito, deixemos tudo exatamente como está. Passo a torcer agora para que os Ingás, os IMAS e outros paladinos do meio ambiente continuem inflexíveis, radicais e arrogantes. Não só os que estão aí, mas também os que vierem sucedê-los. Teremos uma cidade imunda, fedorenta, insuportável. E uma comunidade alérgica, doente, morta-viva. Aí, quem sabe, alguém se lembrará de tomar alguma decisão. Repito: Sinto-me mais responsável (responsável e comprometido) do que qualquer ambientalista com a manutenção do equilíbrio ecológico e todo ecossistema que mantenha intacta a natureza. Mas com lugar para o crescimento, o desenvolvimento e a elevação da qualidade de vida do ser humano. O sectarismo quando se mistura com as ambições políticas transforma-se naquilo que vimos diariamente boiando nos canais, córregos e valetas que sequer estejam presentes no nosso dia a dia, provavelmente para testar o quanto andam os nossos cinco sentidos, sobretudo o olfato.
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