segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CANALHA E OPROTUNISTA...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

Passei boa parte do tempo de ontem tentando ligar para o dirigente do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), Júlio Rocha. Nada a ver com o comunicado oficial sobre a exoneração do chefe de gabinete do órgão Jorge Henrique Mendonça, que andou falando horrores do governador Jaques Wagner. Pessoalmente, entendi a decisão como politicamente correta. Jamais sairia denegrindo a imagem da empresa em que eu trabalho e que me suporta há praticamente 20 anos. Seria uma incoerência. No mais, Wagner é um democrata, mas não é nenhum omisso. Sabe quem joga no seu time e quem joga no time inimigo. Mas minha preocupação nada tem a ver com o marido de dona Fátima nem tampouco com o homem forte do Ingá na Bahia. Meu temor – tenho que confessar – é com o mau caráter do meu sobrinho.
O dromedário mal soube da saída de Mendonça e já tenta se habilitar a tomar-lhe a vaga. Anda na moita sassaricando daqui e dali para se achegar a alguém que tenha o poder de recomendá-lo para a chefia de gabinete do instituto. Até aí, aparentemente, nada de mais. O problema é que o bucéfalo ( falo do sobrinho, cuja importância está longe de ser comparada à do cavalo de Alexandre, o Grande, rei da Macedônia e fundador de um dos maiores impérios da antiguidade) quer uma vaga no Estado para, literalmente, roubar, meter a mão no erário,se locupletar, se dar bem, usando o meu nome que já não vale lá muita coisa mas, pelo menos, nunca esteve envolvido em falcatruas. Meu sobrinho vale menos que um esgoto clandestino. Seria uma temeridade colocá-lo para servir cafezinho (requentado) em qualquer repartição. Imagine agora içá-lo à condição de subcomandante do Ingá? O estúpido só entende de extorsão. É um criminoso.
Não há criatura mais temível ao meio ambiente do que o capadócio do meu parente. Ele quer porque quer que o governador interfira a seu favor. Está, inclusive, elaborando um currículo safado e mentiroso que o brinda à condição de ambientalista. Está todo serelepe, ávido para pegar a oportunidade com unhas e dentes. Assim, vai conseguir matar dezenas de coelhos com apenas uma cajadada. O filho da mãe (eu queria usar outra expressão, mas os bons modos me impedem de desabafar com palavrões) andou espalhando que, desta vez, não há quem o detenha. O calhorda anda com uma lista de adesão ao seu nome para o Ingá. Na verdade pode ser para qualquer outra instituição pública. Ele sempre lembra do Ingá porque há, efetivamente, uma vaga comissionada a ser preenchida. Seria a sopa no mel. O vagabundo, traiçoeiro e ignóbil do meu sobrinho andou circulando pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente), pelo Ministério Público, Judiciário e até ONGs como o Germén e Gambá ( é isso mesmo?) solicitando carta branca para expor seus pontos de vista sobre as questões ambientais e, assim, credenciando-se para o posto. O que ele está fazendo é um jogo de puro charlatanismo.
O esterco do meu sobrinho supera a barreira do ultraje. Trata-se de um estelionatário sem medidas. Na cabeça oca do miserável, meio ambiente é tudo que diz respeito a capim e passarinho. Preservando-os, a natureza está salva. E ele também, óbvio. Seu objetivo é de enriquecer rapidamente chantageando prefeito, governador, ministros e sobretudo empresários que queiram investir em áreas tidas como de preservação natural. Ele, o meu sobrinho, deseja vender alvará, outorgas e tudo o mais que estiver ao seu alcance. Entenda o raciocínio desse crápula: se juiz vende sentença por que razão ele não pode vender documentos liberando obras e serviços? Mas ele quer mais. Ele quer o lugar agora de Júlio Rocha e também a pasta do Meio Ambiente, nas mãos de Juliano Matos. Vai fazer uma revolução. Aliás, no fundo, no fundo, o cara carrega tamanho mau caratismo que o que ele mais almeja na vida é o lugar do Wagner. Como não tem sequer um voto ( nem o dele próprio) é adepto de um golpe de Estado conquanto fosse ele, o infeliz, nomeado bionicamente para uma temporada no Palácio de Ondina. Diz ele que só necessita de um mês para juntar uns trocados e voar para o exílio. Quando voltar – se não for morto antes – ainda vai pedir uma grana preta de indenização. Dirá que fora preso político. É muita cara de pau. O famigerado do sobrinho confessa ser sonegador contumaz. “ O Estado nos sonega a própria vida desde quando não nos dá educação, saúde, segurança, moradia e lazer e ainda nos cobra o que não temos”, afirma, num raro momento de lucidez do asno.

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