quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DENGUE PODE AUMENTAR NESTES DIAS DE CALOR...

FONTE: Noemi Flores (TRIBUNA DA BAHIA).
A estação das flores, das cores e do sol chegou, por outro lado devem ser intensificados os cuidados com a dengue porque esta época de muito calor é mais apropriada para a procriação do mosquito aedes aegypti. O alerta é feito por Eliaci Costa, coordenadora do Programa de Combate à Dengue, do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria Municipal de Saúde, que participou ontem de mais um mutirão, desta vez, no bairro de Tancredo Neves, pertencente ao Distrito Sanitário Cabula/Beiru. Hoje e amanhã o mutirão acontece nos distritos sanitários de Pau da Lima e Itapuã com trabalhados nos bairros de Canabrava I e Jardim das Margaridas.
A doença ainda é uma grande preocupação do governo municipal e estadual e sanitaristas, pois de acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 107.494 pessoas já foram infectadas pelo vírus da dengue em 2009, distribuídos em 402 (96,7%) municípios do estado. E neste ano a doença matou quatro vezes mais que em todo o ano passado. Morreram 62 pessoas em todo o estado, segundo dados levantados até 12 de setembro, em comparação ao ano de 2008 que houve 15 mortes.
De acordo com a Sesab, em Salvador seis pessoas morreram neste ano vítimas de dengue e as cidades do interior onde ocorreram o maior número de óbitos são Itabuna e Ilhéus, com nove pessoas mortas em cada uma delas. Apesar deste quadro assustador, a Sesab informa que a tendência é diminuir as notificações, já que está acontecendo uma redução progressiva desde o mês de abril. Mas durante a 177ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite, realizada recentemente na Sesab, com a participação de vários secretários de saúde do interior do estado, a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesab (Divep), Alcina Andrade, falou da situação epidemiológica da dengue no estado. Na ocasião, a diretora convocou os gestores municipais a não afrouxarem os cuidados, a fim de evitar que, no próximo verão, venha a ocorrer uma nova epidemia da doença na Bahia. Andrade lembrou das dificuldades encontradas pela Divep ao constatar que grande parte das vigilâncias municipais não estão preparadas para atuarem no controle da doença. “Entre os problemas encontrados, temos a baixa qualidade das atividades desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde, a falta de integração entre as vigilâncias e as operações de campo, além do número insuficiente de equipes”, afirmou.

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