quarta-feira, 23 de setembro de 2009

UM NOVO DIA...

FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).

O galo cantou e eu vou fingir de conta que não sei onde. Se a informação for verdadeira, os méritos são meus. Caso contrário, a culpa é do macho da galinha. Seguinte: o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, deve mesmo ser o coordenador da campanha para a reeleição do governador Jaques Wagner. Tenho a impressão que uma vez confirmada mais adiante a escolha, haverá um alvoroço favorável por parte da grande maioria dos petistas baianos. Uma minoria deste tamanhozinho assim vai virar a cara. Não saberá esconder o ciúme. Sentir-se-á preterida do processo numa tentativa de camuflar a própria incompetência e o despreparo para assumir uma missão de responsabilidade e que pode ser decisiva na continuidade do PT à frente do comando da Bahia.
Sinceramente não tenho conhecimento sobre se o martelo já foi batido. No entanto, não há nas fileiras petistas – me perdoem a sinceridade – nome mais apropriado para a coordenação de uma candidatura majoritária. Falo levando em consideração a questão estritamente política. Caetano tem uma história de homem público que o credencia, inclusive, à sucessão de Wagner já agora ou em 2014. Sobram-lhe experiências política e administrativa. Não é à toa que o seu nível de aceitação hoje em Camaçari supera os 70%, um fato inédito no âmbito do Estado, uma vez que estamos falando de um município complexo financeira e socialmente. É rico, mas não suficientemente para atender as demandas de uma população pobre, fruto de uma intensa movimentação migratória. Já foi considerado o El Dourado baiano na época da instalação do Polo Petroquímico e ainda hoje atrai gente de toda parte do País, sobretudo do Nordeste, em busca de emprego e renda, o torna a situação ainda mais delicada.
Caetano conseguiu, nos últimos cinco anos, por a casa em ordem a partir do princípio segundo o qual não se constroi uma habitação segura se não houver uma base, um alicerce sólido. Em outras palavras, privilegiou-se ( como, aliás, cada vez mais se privilegia) o social. Criou-se assim uma estrutura capaz de assegurar a elevação da qualidade de vida dos mais necessitados dando-lhes acesso a setores básicos como saúde, educação, moradia, lazer, cultura e transportes. Camaçari conta com um equipamento – a Cidade do Saber – tido e havido como um modelo para todo o Brasil pela sua importância no que diz respeito à inclusão social, segmento cujos investimentos têm rendido ao prefeito Caetano prêmios nacionais e internacionais.
Wagner, portanto, terá à frente da campanha por um segundo mandato alguém que há muito deixou as vaidades pessoais de lado e cujo único interesse é o de contribuir para uma Bahia mais justa, mais igual e caminhando em direção ao desenvolvimento contínuo e prolongado. Caetano não precisa posar de estrela – essa nunca foi a dele – até porque, ao contrário de petistas encastelados na Governadoria e que se apresentam como figura de extrema confiança do governador – ele tem luz própria, que pode conduzi-lo, mais cedo ou mais tarde, e de maneira natural e consensual, à disputa pelo Palácio de Ondina. Mas deixemos que o tempo se encarregue disso.
Como disse antes, fingirei de conta que não sei de onde o galo cantou. Se, porém, que onde há fumaça há também fogo. Diria ainda que de dentro dessa cartola sairá um imenso coelho. Tenho divergências profundas com o chamado PT radical, que estagnou no tempo e no espaço. O discurso é o mesmo de há 20, 25 anos. O PT light de Wagner e Caetano tem, inegavelmente, uma cara mais democrática, dialogável e sensível aos reclamos da coletividade. Proponho, neste final de comentário, um brinde às boas intenções e ao desejo inquestionável das personalidades ligadas ao partido de lutar por uma Bahia melhor. Caetano tornou Camaçari uma cidade do bem. Queremos todos um Estado também do bem. Lavantemos pois as traças por este ser um dia especial. Um dia de decisões. Exatamente isso. Um dia de decisões durante o qual teremos muito o que comemorar. Tin-tim.

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