FONTE: Janio Lopo (TRIBUNA DA BAHIA).
Há um crime. Um crime monstruoso contra uma população miserável. Um crime que pode ultrapassar R$ 1 bilhão, o equivalente a quase dez vezes o perdão da dívida haitiana contraída junto à França, da ordem de 50 milhões de euros. Os supostos criminosos foram identificados, mas jamais incomodados.
A política os protege. Parte de influentes políticos assegura-lhes a impunidade. São bandidos perigosíssimos. Na linguagem policial são periculosos. Nunca (até onde sei) deram um tiro. O colarinho de suas camisas sociais brilha como a luz do sol. São alvos feito nuvens. Mas pode ser arriscado colocá-los atrás das grades. Quem sabe um efeito bumerangue acabe por contradizer a história e a mulher de César, que deveria não apenas ser, mas parecer honesta, não passasse de um blefe.
O leitor sabe do que falo. Falo da sangria estúpida e assassina contra os cofres da Cesta do Povo, assunto que desenvolvo há quase um mês. Comecei a abordá-lo sozinho, isolado. Hoje, aos poucos, forma-se um pequeno exército encabulado como eu sobre tantos horrores no serviço público, que se posta como se nada, absolutamente nada lhe dissesse respeito, embora fosse a Secretaria da Fazenda do Governo do Estado, através de auditoria, nos primeiros dias de Wagner, que determinou e detectou as falcatruas.
Hoje, a Sefaz e seus auditores calam-se. Leniência? Sim. Não há expressão mais apropriada para os que podem se cúmplices de uma barbaridade.
Para não perder tempo, recorro ao relatório da Sefaz sobre a Cesta do Povo. Vou transcrever alguns trechos. A roubalheira era mais do que evidente. Era acintosa e inescrupulosamente aceita por uma cúpula que se fazia de cega. Está na sétima página da segunda parte da auditoria feita na Ebal em janeiro de 2007:
“ Pesquisa para comparar os preços de aquisição da Ebal de frango congelado e de açúcar cristal revelou que o preço básico, ao mesmo fornecedor, pela Ebal foi superior em até 18%, para o primeiro item, e 63,8% para o segundo, àqueles pagos por outras empresas. Segundo estimativa da auditoria, caso a Ebal adquirisse as mercadorias pelo preço pago por outras concorrentes poderia ter economizado R$ 3,5 milhões somente no ano de 2003.” Veja bem: estamos abordando apenas dois produtos – frango e açúcar.
O que está por trás disso são negociatas e transações imundas, toscas, vis, que aos poucos vamos ampliando para o grande público. Antes de concluir, confesso o meu profundo e sincero agradecimento ao mestre Joaci Góes que se incorpora ao pequeno batalhão na defesa dos interesses maiores da nossa Bahia.
Há um crime. Um crime monstruoso contra uma população miserável. Um crime que pode ultrapassar R$ 1 bilhão, o equivalente a quase dez vezes o perdão da dívida haitiana contraída junto à França, da ordem de 50 milhões de euros. Os supostos criminosos foram identificados, mas jamais incomodados.
A política os protege. Parte de influentes políticos assegura-lhes a impunidade. São bandidos perigosíssimos. Na linguagem policial são periculosos. Nunca (até onde sei) deram um tiro. O colarinho de suas camisas sociais brilha como a luz do sol. São alvos feito nuvens. Mas pode ser arriscado colocá-los atrás das grades. Quem sabe um efeito bumerangue acabe por contradizer a história e a mulher de César, que deveria não apenas ser, mas parecer honesta, não passasse de um blefe.
O leitor sabe do que falo. Falo da sangria estúpida e assassina contra os cofres da Cesta do Povo, assunto que desenvolvo há quase um mês. Comecei a abordá-lo sozinho, isolado. Hoje, aos poucos, forma-se um pequeno exército encabulado como eu sobre tantos horrores no serviço público, que se posta como se nada, absolutamente nada lhe dissesse respeito, embora fosse a Secretaria da Fazenda do Governo do Estado, através de auditoria, nos primeiros dias de Wagner, que determinou e detectou as falcatruas.
Hoje, a Sefaz e seus auditores calam-se. Leniência? Sim. Não há expressão mais apropriada para os que podem se cúmplices de uma barbaridade.
Para não perder tempo, recorro ao relatório da Sefaz sobre a Cesta do Povo. Vou transcrever alguns trechos. A roubalheira era mais do que evidente. Era acintosa e inescrupulosamente aceita por uma cúpula que se fazia de cega. Está na sétima página da segunda parte da auditoria feita na Ebal em janeiro de 2007:
“ Pesquisa para comparar os preços de aquisição da Ebal de frango congelado e de açúcar cristal revelou que o preço básico, ao mesmo fornecedor, pela Ebal foi superior em até 18%, para o primeiro item, e 63,8% para o segundo, àqueles pagos por outras empresas. Segundo estimativa da auditoria, caso a Ebal adquirisse as mercadorias pelo preço pago por outras concorrentes poderia ter economizado R$ 3,5 milhões somente no ano de 2003.” Veja bem: estamos abordando apenas dois produtos – frango e açúcar.
O que está por trás disso são negociatas e transações imundas, toscas, vis, que aos poucos vamos ampliando para o grande público. Antes de concluir, confesso o meu profundo e sincero agradecimento ao mestre Joaci Góes que se incorpora ao pequeno batalhão na defesa dos interesses maiores da nossa Bahia.
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