FONTE: BERNARDO ITRI, MARCEL RIZZO & SÉRGIO RANGEL, ENVIADOS À COSTA DO SAUIPE (www1.folha.uol.com.br).
Lançado no último dia 24 de
novembro com festa no Rio de Janeiro, o novo uniforme da seleção brasileira
desrespeita o estatuto da CBF.
A retirada da palavra Brasil
logo abaixo do tradicional símbolo desobedece o documento que regula o
funcionamento da entidade.
Na teoria, o modelo atual da
camisa não poderia ser usado pelos jogadores no dia marcado para a sua estreia:
em março, contra a África do Sul, em Johannesburgo.
A inscrição constava no
uniforme da seleção desde a Copa de 1982. O modelo com a gola em Y foi
desenhado pela multinacional de material esportivo para ser usado pela seleção
na Copa do Mundo de 2014.
A exclusão do nome do país
não é permitida, segundo o capítulo três do estatuto, que trata dos símbolos e
insígnias da entidade.
O inciso segundo do artigo
oito define os parâmetros do famoso símbolo da CBF e afirma que a palavra
"Brasil" tem que figurar na parte inferior em cor verde e na parte
superior o número de estrelas representativa de conquistas de Campeonatos Mundiais.
ASSEMBLEIA
Segundo a CBF, a retirada do
nome do país do uniforme foi decidido preliminarmente pela diretoria da
entidade até que os integrantes da assembleia-geral se reúnam no Rio, em abril,
para votar a mudança do estatuto.
Apesar do argumento da
entidade, uma modificação do documento só pode ser pedido pela presidência da
entidade, de acordo com o artigo 40.
Até o momento não há nenhuma
reunião agendada para antes do dia do jogo em Johannesburgo.
A Nike, por sua vez, informou
que a mudança no novo uniforme da seleção brasileira foi aprovada pela CBF.
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