FONTE: Camila Maciel, Repórter da Agência Brasil em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Pelo menos 28 milhões
de pessoas vivem no Brasil com um dependente químico, mostra o Levantamento
Nacional de Famílias de Dependentes Químicos, divulgado terça feira (3) pela
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A pesquisa inédita mostra o
impacto que a convivência com um parente usuário de drogas provoca na
experiência cotidiana das famílias.
Mulheres são as mais
afetadas pelo dependente.
O estudo aponta que
quem mais sofre com o impacto negativo causado pela dependência de álcool ou
substâncias ilícitas são as mulheres, que representam 80% dos entrevistados e
são, portanto, as responsáveis pelo tratamento dos usuários. As cuidadoras têm entre
35 e 64 anos.
Entre os parentes, as mães, que representam 46% dos entrevistados, apresentam mais sintomas físicos e psicológicos na comparação com outros parentes.
Entre os parentes, as mães, que representam 46% dos entrevistados, apresentam mais sintomas físicos e psicológicos na comparação com outros parentes.
Entre os parentes
entrevistados, as mulheres são a
grande maioria (80%), sendo que 46% delas são as mães dos dependentes químicos. Mais da metade delas (66%) são responsáveis pelo
tratamento. Essas mães também são consideradas chefes da família, fazendo com
que, além da sobrecarga de cuidar do filho usuário de drogas, cuidem dos outros
membros da casa.
O levantamento revela ainda que mais da metade (57,6%) das famílias têm outro parente usuário de drogas. Os entrevistados, no entanto, avaliam que as más companhias (46,8%) e a autoestima baixa (26,1%) foram os fatores de risco mais relevantes que levaram ao uso.
O tempo médio para a busca de ajuda após o conhecimento do uso de álcool e/ou outras drogas é três anos. Entre os que usam cocaína e crack, o tempo é menor, dois anos. E sobe para 7.3 anos, quando considerados apenas os dependentes de álcool.
Mais de um terço dos parentes (44%) disse que descobriu o uso dessas substâncias por causa da mudança de comportamento. Apenas 15% relataram que a descoberta ocorreu por ter visto o paciente fazendo uso dessas substâncias fora de casa.
O impacto nas finanças é bem relevante. O estudo detectou que em 58% dos casos o tratamento foi pago exclusivamente pela família. Cerca de 45% apontaram que o pagamento do tratamento afetou drasticamente o orçamento familiar. Para 28,2%, o tratamento influenciou pouco, enquanto 7% disseram ter sofrido muito pouco impacto. Cerca de 19% disseram, por outro lado, que o tratamento não trouxe danos às finanças da família.
O levantamento revela ainda que mais da metade (57,6%) das famílias têm outro parente usuário de drogas. Os entrevistados, no entanto, avaliam que as más companhias (46,8%) e a autoestima baixa (26,1%) foram os fatores de risco mais relevantes que levaram ao uso.
O tempo médio para a busca de ajuda após o conhecimento do uso de álcool e/ou outras drogas é três anos. Entre os que usam cocaína e crack, o tempo é menor, dois anos. E sobe para 7.3 anos, quando considerados apenas os dependentes de álcool.
Mais de um terço dos parentes (44%) disse que descobriu o uso dessas substâncias por causa da mudança de comportamento. Apenas 15% relataram que a descoberta ocorreu por ter visto o paciente fazendo uso dessas substâncias fora de casa.
O impacto nas finanças é bem relevante. O estudo detectou que em 58% dos casos o tratamento foi pago exclusivamente pela família. Cerca de 45% apontaram que o pagamento do tratamento afetou drasticamente o orçamento familiar. Para 28,2%, o tratamento influenciou pouco, enquanto 7% disseram ter sofrido muito pouco impacto. Cerca de 19% disseram, por outro lado, que o tratamento não trouxe danos às finanças da família.
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