FONTE: Do UOL (noticias.uol.com.br).
A mortalidade por câncer de mama entre as brasileiras de 30 a 69 anos passou de 17,4 por 100 mil habitantes, em 1990, para 20,4 em 2010, o que representa um aumento de 16,7%. É o que mostram os dados da "Síntese de Indicadores Sociais", divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na sexta-feira (29). O levantamento é baseado em números da Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
O número mais alto, segundo a
análise, é consequência da dificuldade de acesso a consultas médicas ou
desinformação sobre exames preventivos periódicos e da redução da taxa de
natalidade (mais mulheres optam por engravidar depois dos 30 anos e o organismo
fica mais exposto ao estrogênio).
A mortalidade aumentou apesar do
investimento do governo em mamógrafos nos últimos anos - de 2002 a 2009, houve
aumento de 118% dos equipamentos existentes na rede pública e de 75% nos
estabelecimentos privados que prestam serviços ao SUS (Sistema Único de Saúde).
A distribuição dos mesmos, no entanto, continua reproduzindo as desigualdades
regionais: no Sudeste há 2,8 mamógrafos para 100 mil habitantes, enquanto no
Norte e no Nordeste não passa de metade disso.
Mamógrafos existentes em estabelecimentos de saúde.
O câncer de mama é o mais prevalente
na população feminina. Na última quarta-feira, o Inca (Instituto Nacional de
Câncer) divulgou uma estimativa de 57,1 mil da
doença no país em 2014.
Câncer de colo de útero.
A mortalidade por câncer de colo de
útero - terceiro mais comum entre as brasileiras - manteve-se estável nas
mulheres de 30 a 69 anos no período de 1990 a 2010, variando de 8,5 para 8,7
mortes por 100 mil habitantes. A infecção por HPV é responsável por 95% dos
casos, por isso a ampliação da oferta do exame de papanicolau foi determinante
para o resultado.
A desigualdade regional, no entanto,
é marcante. Em 2010, a mortalidade na Região Norte foi de 16 por 100 mil
habitantes, contra 6,7 por 100 mil na Região Sudeste.
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