segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

SAIBA QUANDO A GRAVIDEZ PODE SER SIMPLES UMA DOENÇA...


FONTE: Giovanna Balogh (maternar.blogfolha.uol.com.br).

Todo mundo sabe que gravidez não é doença, mas não é para todas as mulheres que essa fase é tranquila e saudável. Enjoar e vomitar nos três primeiros meses é algo completamente normal. A maioria das mulheres passa mal, principalmente, no início da manhã, mas consegue se alimentar e ficar bem o restante do dia. O problema é quando o vômito passa a ser ‘exacerbado’ o que pode provocar perda de peso da gestante e até a sua desidratação.

O que é visto muitas vezes como ‘frescura’ pelos outros é na verdade a chamada hiperemese gravídica. A doença ficou conhecida após afetar a saúde da cantora Ivete Sangalo e da duquesa de Cambridge, Kate Middleton. Os médicos explicam que a mulher passa muito mal e que são necessários cuidados extras com essa gestante. “Nesse caso gravidez é doença sim, mas um alívio para as mães é saber que é temporária e que terá um presente no final”, brinca a ginecologista e obstetra do Hospital Israelista Albert Einstein Alessandra Bedin Rubino.

A médica explica que a hiperemese gravídica é provocada por vários fatores, entre eles,  o turbilhão de hormônios provocados pela gravidez, a deficiência de vitamina B6 e também questões genéticas. Ela explica que o problema é comum em mulheres em que a mãe teve o problema. “Também acontece bastante nas gestações gemelares e em pacientes que fizeram, por exemplo, uma cirurgia de redução de estômago.”

Segundo os obstetras, o problema é mais comum na primeira gravidez, mas pode acontecer nas outras gestações. Foi o caso da jornalista Roberta Bencini, 41, que perdeu 11 quilos em cada uma das gestações. “Virei light de repente. Não conseguia comer de jeito nenhum frituras. Só  comia frutas, verduras, arroz, bolacha de água sal e suco de limão. Pães, bolos, doces, nem pensar”, conta Roberta, mãe de Lorena, 8, e Giorgio, 1. Para ela, o mais difícil era cozinhar. “Precisei da ajuda do marido para fazer a nossa comida pois não conseguia”, conta Roberta, que enfrentou o problema até o final das duas gestações.

O médico do Hospital Santa Catarina Flávio Tanesi diz que o mais comum é que os sintomas da  hiperemese gravídica desapareçam até a 20ª semana de gravidez, mas que não é uma regra. Ele afirma que  nos casos mais graves é preciso internar a paciente para que ela seja medicada e hidratada. A hiperemese afeta entre 0,5 e 2% das grávidas e é a causa mais frequente de hospitalização no começo da gravidez. “Muitas acabam fazendo um jejum forçado ao não conseguir beber nem água”, conta.

Foi o caso da estudante Camila Cristina Vieira de Lima Silva, 34. Ela conta que sofreu fortes enjoos até a 16ª semana de gravidez. “Bebia água de coco e o caldinho do miojo. Esperava meia hora o organismo absorver, mas durante esse tempo o líquido voltava várias vezes. Nem água parava no meu estômago”, diz Camila que chegou a perder nove quilos durante a gestação e que descobriu o diagnóstico no pronto-socorro após passar mal.

Segundo os obstetras, é fácil diferenciar a hiperemese gravídica dos enjoos normais pois neste caso a mulher perde peso e vomita várias vezes ao dia sempre que come ou bebe algo.  Na dúvida, a recomendação é sempre consultar o médico que acompanha o seu pré-natal para fazer uma dieta diferenciada.

COMO ALIVIAR OS SINTOMAS.
O obstetra recomenda que as gestantes com hiperemese gravídica evitem alimentos gordurosos, frituras e doces.

Outra dica é se alimentar de duas em duas horas e em pouca quantidade. “Precisa consumir alimentos de digestão fácil, como frutas e cereais. Após as refeições, também não é recomendando beber muito líquido. O ideal é almoçar, por exemplo, e depois de duas horas tomar um suco. Tudo em pequenas quantidades”, orienta o médico.

           

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