terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SELEÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO TEM 4 MEIAS E “BOLEIRÃO” NO COMANDO...

FONTE: Agência Futebol Interior, TRIBUNA DA BAHIA.


      

O Campeonato Brasileiro está a uma semana de seu encerramento. Após o título do Cruzeiro e o rebaixamento do Náutico, a competição definiu a situação de mais dois clubes nesta penúltima rodada. O Grêmio carimbou matematicamente sua vaga na Libertadores de 2014. Já a Ponte Preta, finalista da Sul-Americana, teve a inevitável queda para a Série B confirmada.

Pelo menos dois gigantes do futebol nacional estão desesperados. Fluminense e Vasco completam a zona de rebaixamento e pelo menos um deles já está rebaixado. Na parte de cima, Atlético-PR, Goiás, Botafogo e Vitória lutam por vaga na Libertadores.

Pelo visto, a última rodada do Brasileirão será eletrizante e promete ser emocionantes, assim como neste final de semana. Os jogos decisivos garantiram um time bastante ofensivo, com quatro meias. Para comandar esta meiúca, cheia de craques, Renato Gaúcho foi escolhido para ser o professor.

Confira a Seleção da 37ª rodada do Brasileirão:
-- Diego Cavalieri (Fluminense)
-- Luis Ricardo (Portuguesa)
-- Fábio Ferreira (Criciúma)
-- Titi (Bahia)
-- Alex Telles (Grêmio)
-- Cícero (Bahia)
-- Alex (Coritiba)
-- Bernardo (Vasco)
-- Marquinhos (Vitória)
-- Luan (Atlético-MG)
-- Henrique (Portuguesa)
-- Técnico: Renato Gaúcho (Grêmio)

Goleiro: Diego Cavalieri (Fluminense).
Mesmo jogando no sacrifício, com sete pontos na 
mão esquerda, Diego Cavalieri fez importantes defesas e garantiu um resultado ainda pior para o Fluminense no último sábado, quando o Tricolor empatou por 2 a 2 com o Atlético-MG no Maracanã e entrou na zona de rebaixamento. O goleiro, que caiu de vez nas graças dos torcedores, também mostrou que tem tudo para ser uma das opções de Luiz Felipe Scolari na Seleção Brasileira.

Lateral-direito: Luis Ricardo (Portuguesa). 
Foi um dos jogadores mais perigosos da Lusa em toda competição e contra seu ex-time, a Ponte Preta, não foi diferente. Principal arma de ataque do sistema de Guto Ferreira, o lateral fez mais uma 
grande partida. Além de criar jogadas, que causaram desespero ao improvisado Chiquinho, carimbou uma bola na trave após grande jogada individual.

Zagueiro: Fábio Ferreira (Criciúma).
A 
estratégia do técnico Argel Fucks era bem clara. Tentar fazer um gol logo no início e depois se segurar diante do São Paulo. Mas para conseguir este objetivo, ele teve que contar com a grande atuação de todo seu sistema defensivo. Por isso, a experiência de Ferreira acabou sendo fundamental. O Tigre ainda não escapou da degola, mas ficou mais perto disso.

Zagueiro: Titi (Bahia).
Foi um verdadeiro leão no jogo decisão contra o campeão Cruzeiro. Focado e dando a 
vida a cada lance, Titi não se intimidou com o Mineirão lotado e muito menos com o esquadrão cruzeirense. Impecável na defesa, ganhou praticamente todas as disputas pelo alto.

Lateral-esquerdo: Alex Telles (Grêmio). 
Vem fazendo um campeonato impecável. Chegou desacreditado do Juventude para ficar no 
banco de Fábio Aurélio, mas mostrou personalidade, assumiu a titularidade e não largou mais. Contra o Goiás provou porque foi escolhido como melhor lateral do campo. Foi praticamente perfeito na marcação e não deu chances para o Goiás criar pelo seu setor.

Meia: Cícero (Santos).
Se há alguém merece uma salva de palmas no Santos em 2013, este alguém é o meia Cícero. No ano em que o Peixe perdeu Neymar e que não levantou uma taça sequer, Cícero foi um dos poucos destaques. Após marcar os dois gols na vitória sobre o Atlético-PR, chegou a 14 no Brasileirão e a 23 na temporada. Só para comparação, o argentino Montillo, que foi contratado a peso de ouro, fez apenas seis.

Meia: Alex (Coritiba).
A idade está chegando, mas ele não perde a categoria. Alex, mais uma vez, foi o grande nome do Coritiba na vitória por 2 a 1 contra o Botafogo. Além de dar o cruzamento para o gol de Deivid, o meia deixou o seu na etapa final, o que fez com que o Coxa continuasse na briga para fugir da queda para a Série B do
Brasileiro.

Meia: Bernardo (Vasco).
O Vasco vencia o Náutico por 1 a 0, mas não tinha nada decidido. O Timbu estava pressionando, até que a torcida iniciou o coro de Bernardo. Adilson Batista atendeu e deu resultado. O meia chamou a responsabilidade, colocou fogo no jogo e ainda fez um golaço. O primeiro desde que voltou a atuar com a camisa do Trem Bala da Colina.

Meia: Marquinhos (Vitória).
Mais uma vez o “bichinho” estava endiabrado. Deu passe para gol, mandou a bola no travessão e ainda deixou a sua marca. Passou a ser peça importante no esquema do técnico Ney Franco que, aliás, errou feio ao tirar Renato Cajá do time no segundo tempo. A velocidade, a precisão dos passes e as boas finalizações garantem Marquinhos na seleção.

Atacante: Luan (Atlético-MG).
Infernal, incansável. Não sobram adjetivos para o "queridinho" da torcida atleticana. No sábado, contra um desesperado Fluminense, Luan mais uma vez mostrou que tem condições de brigar pela titularidade, apesar da concorrência ser grande. Infernizou os zagueiros tricolores e deu o cruzamento na cabeça de Alecsandro, que empatou o jogo. Ainda falta um pouco de qualidade na finalização, tanto que desperdiçou uma chance clara quando o Galo vencia por 1 a 0.

Atacante: Henrique (Portuguesa). 
Nesta reta final do Brasileirão tem se destacado com a camisa da Lusa. Já havia se destacado contra o Atlético-MG e repetiu o feito contra a a Ponte Preta, sendo responsável direto pela vitória. Contra a Macaca marcou o gol que abriu o placar e foi responsável direto pelo segundo gol ao rolar para Wanderson empurrar para a meta vazia.

Técnico: Renato Gaúcho (Grêmio).
Muito cobrado pela Imprensa, com uma rodada de antecedência ele garantiu a vaga do Tricolor Gaúcho na Copa Libertadores. Vice-líder do Brasileirão, só precisa de um ponto contra a Portuguesa, no Canindé, para ser vice-campeão, posição que deveria ser mais bem valorizada no Brasil.

Gaúcho pegou o Grêmio em frangalhos, devido os 
planejamentos ultrapassados de Vanderlei Luxemburgo, que exige “rios de dinheiro” para os dirigentes, gasta milhões, não revela ninguém e agora nem títulos ganha. A folha salarial do Grêmio seria de R$ 15 milhões. Um absurdo.

E Luxemburgo, em péssima fase há muito tempo, ainda teve tempo de deixar o Fluminense em situação delicada, pertinho do rebaixamento para a Série B. Sabe quem são os culpados? Os dirigentes que ainda acreditam em Papai Noel.

Com relação a Renato, ele vai precisar ganhar uma dose extra de paciência, porque não tem sido delicado com a Imprensa. O nível da Imprensa, muitas vezes, é abaixo do esperado em termos intelectuais, portanto, saem perguntas às vezes idiotas, mas que precisam ser respondidas, com educação e polidez. Queira ou não, esta é a realidade que Gaúcho precisa entender. Caso contrário, fique curtindo as belas praias do Rio de Janeiro.


Alguns técnicos também merecem citações, como Argel Fucks, que tem salvado o Criciúma na base do grito e do comportado e competente Cristovão Borges, que salvou o Bahia de queda, mesmo tendo um time limitado tecnicamente. Méritos também para Guto Ferreira, da Portuguesa, quase garantida na elite em 2014. Só cai por um desastre do tamanho do final do mundo.

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