Quantas
vezes você já ouviu a frase: Ninguém é insubstituível?
Pensando bem, ninguém é insubstituível, no sentido de que todos os seres humanos somos transitórios.
Hoje
estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquer momento,
poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, na realização da tarefa que
nos devotamos.
E essa
é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoas são descartadas, por
qualquer motivo ou motivo algum.
Contudo,
ao se repensar bem a frase, percebemos que ela é inverídica sob variados
aspectos.
Basta
se faça um passeio pela História da Humanidade e logo descobriremos pessoas que fizeram a grande diferença no mundo.
No campo da arte,
recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem o substituiu?
Embora
tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias como ele o fez.
Nunca mais houve outra Sonata ao luar.
Ele foi único. E ouvindo as suas sonatas, seus concertos quem recorda que ele
era surdo?
Único
e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista e principal personalidade
da Independência da Índia.
Quem
ensinou a não violência como ele o fez? Quem, depois dele liderou uma marcha para o
mar, por mais de 320 quilômetros para protestar contra um imposto?
Quem
conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez?
E que
se falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguém teve um sonho que custasse a
própria vida?
Um
sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários
de escravos se sentassem à mesa da fraternidade.
Um
sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade
do seu caráter.
Ele
morreu em 1968. Quem o substituiu?
Quem
substituiu Madre Teresa de Calcutá,
com seu amor, seu bom senso, sua capacidade de entender a necessitada alma
humana?
Quem
substituirá o colo de mãe ao filho pequeno?
Quem
poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, do esposo que
realizou a grande viagem?
Tudo
isso nos leva a pensar que cada pessoa tem um talento especial, uma forma de ser
particular e, com isso, marca sua passagem por onde passa.
Outros
virão e tomarão seu lugar, realizarão suas tarefas, dispensarão amor, farão
discursos importantes, mas ninguém como ela mesma.
Um
órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposo poderá tornar a
se casar mas nunca será uma substituição.
A
outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma de ser.
Pensemos,
pois, que, de verdade, cada um de nós onde está, com quem está, é
insubstituível.
O que
cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade que dispensa, o
carinho que exprime é único.
Isso
porque somos Criação Divina inigualável.
Criados
à imagem e semelhança do Criador, com nuances especiais, conquistadas ao longo
das eras e que se expressam no sentir, no agir, no falar.
Pensemos
nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dos amigos, familiares,
colegas, conhecidos, tendo em mente que cada um deles é insubstituível.
E
valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coração das pessoas e no
mundo.
Redação do Momento
Espírita.
"A maior caridade que podemos fazer pela
Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier – Emmanuel.
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